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– 20-08-2003 |
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Pescas : "Abertura das �guas portuguesas será fim do sector"Porto, 19 Ago "A curto prazo, significaria o fim das pescas em Portugal", sustenta o propriet�rio das Conservas Ramirez, Manuel Guerreiro Ramirez, em comunicado. A redu��o da zona econ�mica excluxiva (ZEE) portuguesa das 200 para 12 milhas da costa para as frotas comunitárias estava prevista para este ano, mas a decisão definitiva foi adiada pela actual presid�ncia grega da UE, que em 1 de Julho foi substitu�da pela It�lia. Considerando que o debate em Bruxelas sobre esta questáo � "hip�crita e rid�cula", o empres�rio questiona "como pode a União Europeia querer abrir indiscriminadamente as �guas nacionais", quando "h� anos coloca restrições � pesca nacional, designadamente da sardinha, alegando a necessidade de reposi��o dos recursos". A concessão de um livre-tr�nsito aos espanh�is, com a sua terceira maior frota mundial, no acesso �s aguas portuguesas � um dos aspectos que mais preocupa a Ramirez. "A experi�ncia de actividade [da frota espanhola] mostra que por onde passa tudo devasta", afirma, citando o caso da Costa da Galiza onde, diz, "os espanh�is andaram anos a pescar com dinamite, destruindo quase totalmente os recursos dessa riqu�ssima regi�o". Para Manuel Ramirez, a revisão dos acordos comunitários representa, assim, uma "amea�a espanhola �s pescas portuguesas, com a "ben��o" de Bruxelas". Admitindo estar em causa o dizimar da maioria das especies pisc�colas, o industrial destaca o caso da sardinha, principal recurso usado pelo sector conserveiro, j� em risco. "� por todos conhecido o estado em que se encontram os nossos pesqueiros de sardinha entre o rio Douro e a fronteira Norte com Espanha, bem como os ricos fundos entre Vila Real de Santo Ant�nio e Olh�o, onde ao abrigo dos acordos fronteiri�os os barcos espanh�is pescam furtivamente com uma muit�ssimo maior n�mero de unidades que as autorizadas e utilizando m�todos ilegais", sustenta. Esta pr�tica, acusa, "tem vindo a exterminar o "stock" estratégico de sardinha a Norte e toda a riqueza de mariscos e peixe de mesa no sotavento da costa algarvia, com a complac�ncia das autoridades [portuguesas]". Adicionalmente, salienta o empres�rio, a revisão dos acordos comunitários "sobrecarregar� uma zona j� com poucos recursos", colocando "em risco a sobreviv�ncia de todas as comunidades piscatérias e afins". "O mar sempre foi para Portugal uma das suas �nicas fontes de alimento e de emprego", sustenta Manuel Ramirez, questionando: "Se os espanh�is vierem para c� pescar, será que podemos ir semear livremente para as ricas terras de Castela?".
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