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– 22-11-2009 |
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Peru: Acabar com a fome com culturas nativasComo se estivesse a exibir um tesouro, Dionicio Sarmiento segura na sua semente de batata com um sorriso. "Olha como estáo boas, prontas para plantar. Vai ser uma boa colheita", diz o agricultor campon�s de Huancavelica, a prov�ncia mais pobre do Peru, onde a maioria da popula��o depende da agricultura de subsist�ncia. Sementes de boa qualidade podem fazer a diferen�a entre passar fome ou colocar comida na mesa para a sua fam�lia. Sarmiento vive na aldeia de Tinquerccasa, mais de 3.500 metros acima do nível. do mar, onde as casas são feitas de adobe, os agricultores usam ferramentas simples, e a produ��o de alimentos mal cobre as necessidades das fam�lias. �gua canalizada está disponível. aqui apenas uma hora por dia, e não h� sistema de esgoto. Tinquerccasa fica no distrito de Paucar�, onde mais de 90 por cento da popula��o � pobre. Em Huancavelica, onde os povos ind�genas constituem a maioria da popula��o, quase 86 por cento das pessoas vivem na pobreza, e cerca de 45 por cento das crian�as em comunidades nativas são desnutridas. Apesar das estatésticas sombrias, a Organiza��o das Na��es Unidas para a Alimenta��o e a Agricultura (FAO), encontrou terreno f�rtil na cidade para combater a fome e promover a segurança alimentar através de um projecto que visa fortalecer as organizações comunitárias, revivendo o consumo de alimentos tradicionais, e ligando a produ��o agr�cola aos mercados, para aumentar o rendimento dos agricultores locais. Apesar da FAO ter estabelecido alian�as com autoridades do governo municipal, provincial e central, bem como com as universidades, talvez o capital mais importante do projecto seja o conhecimento tradicional dos povos ind�genas e os seus desejos de evolu�rem. A FAO informa que a insegurança alimentar mundial piorou e que continua a ser uma s�ria amea�a para a humanidade, devido aos altos pre�os dos alimentos nos países em desenvolvimento. A agência da ONU estima que o n�mero de pessoas com fome em todo o mundo aumentar� em 100 milhões este ano, para mais de mil milhões. Fonte: IPS
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