Sob a ameaça de repetição de um tal dantesco cenário no nosso território, é preciso fazermos mais. É preciso mais do que dizer apenas que lidamos com fenómenos climáticos extremos.
Assinalaram-se recentemente seis anos desde os incêndios de Pedrógão Grande, que resultaram numa vastidão de floresta ardida e tiraram a vida a pelo menos 66 pessoas e a um número incalculável de animais, ficando para a história como um dos 20 fogos que mais vítimas mortais causaram desde o século XIX.
Não precisamos destes dados para, no local, sentirmos a tragédia e o impacto que estes incêndios tiveram. Seis anos depois, a paisagem vai aos poucos recuperando do manto negro, apesar de estar muito longe dos dias que antecederam este fatídico episódio. Mas as pessoas que viveram esta tragédia e a ela sobreviveram continuam a ter bem presentes esses dias. Há muito que ainda não se conseguiu fazer e muito que já antes do incêndio se encontrava por fazer. Sob a ameaça de repetição de um tal dantesco cenário no nosso território, é preciso fazermos mais. É preciso mais do que dizer apenas que lidamos com fenómenos climáticos extremos.
Seis anos depois da destruição, emergiu da terra um memorial para que jamais Pedrógão Grande seja esquecido. E, de facto, não pode ficar esquecido. E isso passa por executar a tão famigerada reforma florestal, que tarda em chegar!
Este é um conceito que, de tanto ser apregoado, constitui […]