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– 28-07-2004 |
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ONU : 95 por cento dos fogos são causados por actividade humanaGenebra, 27 Jul Uma nota de imprensa da Food and Agriculture Organization (FAO) explica que os dados existentes demonstram que desde os anos 80 houve um aumento "significativo" de fogos em várias partes do globo, quer em número quer em intensidade. Em 2002, e segundo o Centro Global de Monitorização de Incêndios (GFMC, na sua sigla inglesa) – uma estrutura do programa de redução de desastre da ONU (ISDR) – arderam mais de 350 milhões de hectares em todo o mundo, uma área equivalente à da Índia. "Globalmente, 95 por cento dos incêndios são causados por várias actividades humanas", garantiu Mike Jurvelius, um especialista da FAO em fogos florestais. Por isso, a organização da ONU, que tem sede em Roma, defende que a par de maior intervenção estatal, só um maior envolvimento das comunidades locais pode prevenir e controlar os incêndios. "Se os humanos são a maior causa de incêndios florestais, a sua prevenção e controlo têm que envolver pessoas a nível local. A estratégia tradicional de apostar em legislação e equipamentos dispendiosos de combate aos fogos não é suficiente", alerta Jurvelius. Para a FAO, a maioria dos incêndios são causados pelo uso descontrolado de fogo na agricultura – na limpeza de terrenos para plantação ou caça -, e por actos criminosos. E ainda que muitos ecossistemas se tenham adaptado progressivamente aos incêndios, chegando mesmo a beneficiar com eles, a maioria dos agricultores continua sem "incentivos ou sem qualificações e experiência" para evitar o alastramento de fogos. "Só quando as comunidades locais perceberem o que beneficiam se protegerem as suas próprias florestas farão tudo o possível para prevenir e evitar incêndios", comenta o especialista. Como exemplo, a FAO cita o caso de uma aldeia na China onde não há incêndios não-controlados há 35 anos, desde que foi adoptada uma nova política que dava benefícios e rendimentos das florestas aos habitantes da zona. Um estudo na Índia demonstrou que quanto maior é a dependência das comunidades nas florestas maior é a sua participação "activa" na gestão de fogos na zona. Apesar da maior participação comunitária, contudo, a FAO considera essencial que os países em risco de incêndios desenvolvam estratégias claras e abrangentes para "prevenção e gestão" do problema, garantindo uma maior intervenção regional e nacional. A par de punições mais duras contra incendiários, maior educação e medidas como limpeza e patrulhamento de florestas devem igualmente ser aplicadas. Igualmente importante é garantir maior cooperação internacional e o estabelecimento de acordos que permitam "responder a emergências e partilhar recursos", sustenta a agência das Nações Unidas.
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