Confederação das cooperativas agrícolas partilha com a CAP a necessidade de considerar prioritário o setor agrícola
A atividade agrícola não pode ser suspensa “por não ser possível parar o ciclo biológico das plantas e dos animais”, argumenta a Confagri, confederação das cooperativas agrícolas.
Por esse motive, a instituição defende que os agricultores devem continuar “com a realização das suas atividades agrícolas e pecuárias para a manutenção de plantas em boas condições fitossanitárias e de animais adequadamente alimentados e com boa saúde”.
Apesar de se sentirem “socialmente preocupadas e comprometidas com a necessidade de conter a evolução do surto do Covid-19, e face à sua responsabilidade de garantir o provimento de bens alimentares às populações”, as cooperativas agrícolas solicitam ao Ministério da Agricultura que o “setor agrícola seja considerado prioritário no âmbito dos planos e medidas de contingência da atual crise de saúde”, à semelhança da posição já assumida pela Associação dos Agricultores de Portugal (CAP).
A Confagri considera “fundamental manter também serviços mínimos nas cooperativas agrícolas para o abastecimento de fatores de produção, tais como produtos fitofarmacêuticos, fertilizantes, sementes, rações e medicamentos veterinários”.
Em comunicado, a confederação entende ser imprescindível manter os movimentos transfronteiriços para a circulação de bens alimentares e de fatores de produção, e solicita ao Ministério da Agricultura que, conjuntamente com as autoridades de Saúde e de Administração Interna, “estabeleçam regras que permitam, com segurança, assegurar a circulação de mercadorias, tanto ao nível do mercado interno europeu, como dos países terceiros”.
As cooperativas agrícolas indicam, em comunicado, que “irão continuar a zelar pela produção e manutenção do abastecimento de bens alimentares seguros e de qualidade aos cidadãos”.