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– 03-04-2004 |
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Ma��o : C�mara desafia popula��o a mudar de mentalidade para floresta sustent�velMa��o, 03 Abr A bondade do "sistema de gestáo florestal sustent�vel para o concelho de Ma��o" foi defendida pelo vereador Ant�nio Louro (PSD), no cine-teatro da vila, perante uma assembleia de algumas centenas de habitantes do concelho. O projecto no qual a autarquia come�ou a trabalhar logo ap�s os inc�ndios do �ltimo Ver�o, que devastaram 21.000 dos 25.000 hectares de floresta do concelho e invadiram áreas urbanas, foi apresentado em Setembro aos orgãos aut�rquicos concelhios e depois a respons�veis governamentais, nomeadamente ao secret�rio de Estado e ao director geral das Florestas. Tanto Ant�nio Louro como pelo presidente da autarquia, Saldanha Rocha, defenderam a necessidade de influenciar o Governo na legisla��o que está a preparar nesta área e de garantir condi��es para a concretização do projecto. No essencial, a proposta da autarquia, com base num estudo preparado por uma equipa muito jovem que hoje assistiu silenciosa ao debate, defende que os propriet�rios, embora mantendo a posse da terra, se juntem, criando empresas, associa��es ou cooperativas, e apresentem projectos para áreas nunca inferiores a mil hectares. "A terra pertence a cada um, mas a floresta será de todos", disse o vereador, sublinhando que a participa��o de todos e a partilha dos lucros será proporcional ao tamanho da propriedade e contemplar� tanto os que t�m floresta como os que ver�o as suas terras reservadas para zonas tamp�o. Ant�nio Louro procurou demonstrar que a situa��o actual, em que estáo cadastrados 80.000 pr�dios num concelho que tem 8.500 habitantes, sendo que a maioria dos propriet�rios j� nem reside na zona, � insustent�vel pois continuar� a alimentar os grandes inc�ndios e nunca trar� riqueza nem �s pessoas nem ao concelho. O que se prop�e � a criação de 15 Zonas de Interven��o Florestal (ZIP), com áreas entre os 4.000 e os 5.000 hectares (separadas por aceiros largos), que conjuguem a floresta com a actividade agr�cola, aquela que, no entender da autarquia, pode fixar popula��o e ao mesmo tempo criar zonas de tamp�o aos inc�ndios. Ao mesmo tempo, a circundar as aldeias, prop�e-se a exist�ncia de estrad�es que sirvam de protec��o e impe�am o avanão do fogo, com a impossibilidade de, nessa área de segurança, existir floresta. Nas ZIP existiráo n�cleos, nunca inferiores a mil hectares, num total de quatro dezenas em todo o concelho, para os quais os propriet�rios eleger�o dois a tr�s representantes que dever�o apresentar um projecto sobre o que pretendem plantar, de prefer�ncia diversificando a floresta, que se candidatar� a fundos para a reflorestação. Por outro lado, o sistema prev� que se criem condi��es para que em cada aldeia "haja pelo menos uma fam�lia que subsista exclusivamente da agricultura", tendo sido identificada a aptid�o local para culturas como o olival, a vinha e os citrinos. Para Ant�nio Louro, a situa��o a que o concelho chegou, a exemplo de outros vizinhos, deveu-se a modifica��es que foram ocorrendo ao longo do tempo e que tiveram grande impacto e consequ�ncias no territ�rio. No seu entender, as causas profundas da actual situa��o t�m a ver com a significativa perda de popula��o que se come�ou a registar na segunda metade do s�culo XX, passando de 26.000 habitantes nos anos 50, que sobreviviam essencialmente da agricultura, para os actuais 8.500. Admitindo que o projecto da autarquia possa ter falhas, Ant�nio Louro defendeu-o como �nica alternativa para que os seus filhos possam um dia vir a cortar pinheiros como fizeram o seu pai e o seu av�. Ant�nio Louro lembrou que nos �ltimos 12 anos ocorreram 470 inc�ndios no concelho e que, desses, nove consumiram uma área equivalente � do concelho (cerca de 40.000 hectares). Com base nesses n�meros e no investimento que a autarquia fez nos �ltimos anos em infra-estruturas de preven��o e combate (da ordem dos 200.000 a 250.000 euros anuais), o vereador concluiu que a autarquia não pode fazer melhor a este nível., sendo, por isso, preciso ter "uma floresta que se adapte". Um dos dois vereadores eleitos pelo PS (num executivo de cinco pessoas liderado pelo PSD), Ant�nio Martins, ensaiou objec��es "de natureza pol�tica", questionando nomeadamente quanto custar� implementar este projecto. O vereador socialista manifestou-se contrário � exist�ncia de estruturas intermédias, como a "associa��o de produtores florestais forte" que Ant�nio Louro referiu e de que confirmou ser mentor.
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