Polarização entre esquerda e direita permitiu aprovar a proposta de lei do Parlamento Europeu com múltiplos cortes e adiamentos. PSD e CDS rejeitaram a lei ao lado do PPE e esquerda portuguesa votou a favor. Versão final deverá ser articulada pelo trílogo Parlamento-Comissão-Conselho. Ambientalistas lembram que “sem uma natureza mais resiliente não há economia”
Apesar da polarização política europeia entre os blocos da direita e da esquerda, o Parlamento Europeu (PE) aprovou esta quarta-feira a Lei do Restauro da Natureza, por 324 votos a favor, 312 contra e 12 abstenções.
“Passou amputada e com prazos longínquos para algumas metas, face ao cenário de urgência das crises climática e da biodiversidade, mas passou”, aplaude Gonçalo Carvalho, coordenador executivo da SCIAENA, organização não governamental que se dedica às questões de conservação e observação do oceano. “Portugal tem projetos de conservação e restauro na área marinha que estão a funcionar bem e agora vai ter ferramentas para continuar esse caminho, podendo ser ainda mais ambicioso quando fizer a transposição a nível nacional”, acrescenta o biólogo. […]