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– 15-12-2011 |
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INE: Rendimento da Actividade Agr�cola diminui 10,7% em 2011A primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para 2011 regista um decréscimo de 10,7%, em termos reais, do Rendimento da Actividade Agr�cola, por unidade de trabalho. O Rendimento de Factores dever� diminuir 13,6%, em consequ�ncia do decréscimo dos Outros subsídios � Produção (-18,2%) e do Valor Acrescentado Bruto (VAB). O decréscimo do VAB (-10,2%) resulta de uma diminui��o de 0,6% da Produção e de um acr�scimo do Consumo Interm�dio de 5,3%, em termos nominais. O Instituto Nacional de Estatéstica divulga a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para o ano de 2011. No Portal do INE, na área do dom�nio dedicada �s Contas Nacionais (sec��o das Contas Satélite), � poss�vel aceder a quadros adicionais com informação mais detalhada. Em conformidade com o regulamento das CEA, em 31 de Janeiro será efectuada segunda estimativa, a divulgar Também no portal. Estima-se, para 2011, um decréscimo nominal, embora ligeiro, da Produção do Ramo Agr�cola a pre�os de base (-0,6%) e um aumento do Consumo Interm�dio (+5,3%). O VAB dever� diminuir 10,2% em termos nominais, reflectindo a diferen�a significativa de amplitude na evolu��o dos pre�os na produ��o (+0,8%) e no Consumo Interm�dio (+8,7%). O decréscimo do Rendimento de Factores será ainda mais acentuado que o do VAB, estimando-se que atinja 13,6% devido � evolu��o dos Outros subsídios � Produção (-18,2%). Em termos reais, tendo como refer�ncia o deflactor do PIB, o Rendimento de Factores dever� decrescer 14,4%, o que, associado a uma redu��o de 4,2% do Volume de m�o de obra agr�cola (VMOA), dever� conduzir a um decréscimo real de 10,7% do Rendimento de Factores, por unidade trabalho/ano, em rela��o a 2010 (�Indicador A�).
A produ��o agr�cola de 2011, mais concretamente a produ��o vegetal, dever� ser afectada pela adversidade das condi��es climatéricas, nomeadamente pela abundante precipita��o no inverno e pelas temperaturas elevadas na primavera e no ver�o, que dificultaram os trabalhos de sementeira e prejudicaram o desenvolvimento das culturas. A Produção do Ramo Agr�cola dever� diminuir, em volume, 1,3%. Esta evolu��o reflecte comportamentos distintos das componentes da produ��o, com Produção Animal a aumentar 0,4% e a Produção Vegetal a diminuir 2,7%. PRODU��O VEGETAL Em termos nominais, estima-se que a Produção Vegetal diminua 5,4% face a 2010, em resultado de varia��es negativas em volume (-2,7%) e pre�o (-2,8%). As culturas com contributos mais significativos para estes decréscimos em valor foram os Vegetais e Produtos Hort�colas e o Vinho. No caso dos Vegetais e Produtos Hort�colas, a redu��o em volume (-1,6%) deve-se, sobretudo, ao tomate para a ind�stria. Efectivamente, apesar da manuten��o da ajuda transit�ria ter contribu�do para a renova��o de contratos entre organizações de produtores e industriais, a campanha de produ��o de tomate foi prejudicada pela precipita��o intensa, que deteriorou a produtividade. Esta campanha de produ��o foi a última a beneficiar da ajuda transit�ria, sendo este subs�dio doravante integrado no Regime de Pagamento único (RPU). Em termos de pre�o, os Vegetais e Produtos Hort�colas registaram um decréscimo de 8,5%, para o qual contribuiu, entre outros factores, o surto de E.coli e os elevados pre�os que tinham sido observados no tomate para consumo em 2010. Relativamente ao Vinho, as condi��es climatéricas penalizaram o estado sanit�rio das uvas, conduzindo a um decréscimo no volume produzido (-17,1%). Contudo, a qualidade do Vinho não terá sido comprometida.
PRODU��O ANIMAL Para 2011, prev�-se que a Produção Animal registe um acr�scimo de 5,6%, em valor, destacando-se os acr�scimos nominais nos Bovinos e Leite (+16,0% e +11,4%, respectivamente). Em termos gerais, o volume da Produção Animal dever� aumentar ligeiramente (+0,4%) e os pre�os de base dever�o crescer 5,2%. De facto, a menor disponibilidade de bovinos para abate (e de carne) na Europa devido �s exporta��es de animais vivos para países terceiros (principalmente Rússia, Turquia e L�bano), propiciou um incremento no abate destes animais. A consequente subida de pre�os na Europa contribuiu para uma maior valoriza��o desta carne, levando a um aumento do pre�o no produtor. Em rela��o ao Leite, antev�-se uma estabiliza��o do volume produzido, ap�s dois anos de decréscimos. Relativamente ao pre�o de base, estima-se um aumento de 11,4%, na sequ�ncia de alguma recupera��o do nível. de pre�os comparativamente a anos anteriores (-11,8% em 2009 e -3,1% em 2010) e de um aumento dos subsídios ao produto pagos em 2011. No que se refere � produ��o de Su�nos, dever� assistir-se a um decréscimo nominal de 1,5%, decorrente de uma redu��o nos pre�os (-2,1%), uma vez que o volume dever� permanecer semelhante ao do ano anterior (+0,6%). A actividade tem registado um aumento de custos, sem reflexos no pre�o do produto final. além do incremento de pre�os da alimenta��o animal, o baixo volume de exportação e as medidas recentes no ambito do licenciamento, bem-estar animal e condi��es sanit�rias das explora��es, conduziram os produtores a encargos financeiros e dificuldades que t�m condicionado a possibilidade de se manterem em actividade. Para as Aves, estima-se um aumento nominal da produ��o (+2,7%), em consequ�ncia do acr�scimo do pre�o (+4,2%), dado que o volume dever� diminuir 1,4%.
CONSUMO INTERM�DIO e VAB O CI dever� aumentar 5,3% em valor em 2011, em função do acr�scimo dos pre�os (+8,7%), uma vez que � expect�vel uma redu��o de 3,1% em volume. Este decréscimo do CI, em termos reais, dever-se-�, sobretudo, � varia��o negativa do volume no consumo de Alimentos para Animais (-2,7%), resultante das dificuldades existentes ao nível. das explora��es pecu�rias. Em 2011, regista-se um aumento generalizado dos pre�os dos meios de produ��o, com especial �nfase para os Adubos e Correctivos do Solo (+18,9%), Energia e Lubrificantes (+14,3%) e Alimentos para Animais (+13,2%).
Em termos de rela��o de pre�os entre a produ��o e as despesas correntes da actividade, prev�em-se, assim, condi��es ainda mais desfavor�veis para o produtor agr�cola que as observadas em 2010, situa��o que se tem observado com frequ�ncia na última d�cada. (Gr�fico 5).
subsídios De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP, I.P.) em finais de Novembro, contemplando a previsão de montantes atribuídos até � conclusão do ano e atendendo �s directrizes de classifica��o de subven��es enquanto subsídios institu�das pelo Regulamento das CEA (Reg. (CE) 138/2004), perspectiva-se para o ano de 2011 uma varia��o da atribui��o de subsídios face ao ano de 2010 de -8,9%. Em particular, estima-se para os subsídios aos Produtos um crescimento em termos nominais de 19,0% face ao ano anterior, enquanto que, por oposi��o, os Outros subsídios � Produção, de montantes proporcionalmente mais significativos, dever�o decrescer 18,2% face a 2010. Embora, em termos relativos, se perspective para o ano de 2011 um valor de subsídios totais atribuídos inferior ao ano de 2010, atingir-se-�o n�veis superiores a anos precedentes, nomeadamente 2009. Efectivamente, � de recordar que em 2010 se procedeu � regulariza��o de subven��es atribu�das ao abrigo do RPU e no ambito do Desenvolvimento rural, o que contribuiu para um forte aumento do valor das ajudas pagas.
INDICADOR DE RENDIMENTO Retirando ao VAB o Consumo de Capital Fixo e adicionando os Outros subsídios � Produção l�quidos dos Outros Impostos sobre a Produção, obt�m-se o Rendimento de Factores. Este dever� diminuir 13,6% em 2011, reflectindo os decréscimos pronunciados no VAB e subsídios. Em termos reais, tendo como refer�ncia o deflactor do PIB, o Rendimento de Factores diminuirá 14,4%, o que, associado a uma redu��o de 4,2% do Volume de m�o de obra agr�cola (VMOA), dever� conduzir a um decréscimo de 10,7% do Rendimento de Factores, por unidade trabalho/ano (�Indicador A�), em rela��o a 2010. Desde 2000, 2011 dever� ser o ano em que o Indicador A apresenta menor valor.
COMPARA��O INTERNACIONAL De acordo com dados do Eurostat1 observa-se que, tomando como refer�ncia o ano de 2000, o sentido da evolu��o inter-anual do indicador A para Portugal � semelhante ao da UE no primeiro quinqu�nio da s�rie em análise, sendo not�rio, por�m, algum afastamento no segundo quinqu�nio. Efectivamente, observa-se uma tend�ncia de melhoria a nível. da UE e um agravamento deste indicador para Portugal, o mesmo acontecendo em outros países com agricultura de �ndole mediterr�nica, como Espanha, Gr�cia ou It�lia.
Quadro 1. Rendimento da Actividade Agr�cola em 2011 – 1� Estimativa – Principais rubricas a pre�os de base Fonte: INE
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