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– 21-05-2004 |
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Incêndios : Mais de metade do distrito de Viseu tem risco elevado e muito elevadoViseu, 20 Mai Na carta de risco de incêndio florestal do distrito de Viseu foram tidas em conta várias variáveis, nomeadamente a vegetação, o declive, a exposição, a rede viária, a densidade demográfica e a visibilidade por postos de vigia. Joana Abreu, uma das autoras do trabalho, explicou numa sessão onde estiveram presentes representantes das autarquias e das corporações de bombeiros do distrito, que o elevado e muito elevado risco de incêndio está sobretudo relacionado com a presença de matas e de florestas resinosas, que ocupam 65 por cento da superfície. No mapa mostrado, o Norte do distrito (onde os declives são muito acentuados) e o concelho de Oliveira de Frades estavam assinalados como tendo risco de incêndio muito elevado, enquanto o concelho de Mortágua aparecia com risco elevado. A carta identifica ainda 467 povoações que terão maior risco de serem atingidas pelos incêndios, uma vez que se inserem em grandes manchas florestais. "Não quer dizer que aquelas populações ardam, mas sim que tem de se ter algum cuidado", afirmou Joana Abreu, explicando que especialmente nessas localidades "deve haver um maior esforço por parte das autoridades para fazer prevenção", nomeadamente limpeza de matas. A responsável alertou ainda que 18 por cento da área do distrito não é visível de qualquer posto de vigia e que 20 por cento é visível de apenas um. O governador civil de Viseu, Azevedo Maia, explicou ter decidido encomendar a carta por considerar que este ano "os riscos são muito grandes", lembrando que, como no ano passado o distrito foi pouco fustigado pelos incêndios "há muita matéria combustível". Realçou que o distrito "é enorme, vai do Douro ao Mondego", sendo que a floresta ocupa 41 por cento da sua área e os terrenos incultos 20 por cento. "Dos 41 por cento florestados, cerca de 90 por cento é área ocupada por pinheiro bravo", frisou, considerando que, apesar de ainda não haver dados oficiais, depois da calamidade que no Verão passado assolou o distrito de Castelo Branco, actualmente o de Viseu é o que tem "a maior área de pinheiro bravo em Portugal e, portanto, os riscos de incêndio são enormes". Azevedo Maia referiu que no ano passado o distrito teve os melhores resultados dos últimos seis anos – com 2.432 incêndios que consumiram apenas 1.500 hectares de floresta – apesar de se terem registado temperaturas muito elevadas, humidade relativa do ar baixa e ventos de grande intensidade. Por ter grandes preocupações relativamente ao próximo Verão, o responsável pediu ao Instituto Geográfico Português que elaborasse a carta de risco de incêndios florestais e também a três silvicultores que fizessem um estudo de caracterização florestal do distrito, que deverá estar concluído em Junho. O coordenador distrital do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, João Marques, disse aos jornalistas que o trabalho feito pelo instituto dá a conhecer "uma série de indicadores extremamente relevantes" para os bombeiros. "Os bombeiros, sabendo fazer a leitura, e sabem seguramente, estão mais apetrechados para que possam preparar algo no terreno de forma a prevenir a ocorrência de incêndios", frisou. Por outro lado, considera que será também um contributo para a reposição dos equipamentos necessários nas corporações de bombeiros que actuam nas zonas consideradas de risco. A carta de risco de incêndios foi hoje entregue aos presidentes de Câmara do distrito e, nos próximos dias, será enviada para todas as corporações de bombeiros. O presidente do Instituto Geográfico Português, Arménio Castanheira, fez votos para que a carta de Viseu seja um projecto-piloto que se possa alargar a todo o país ou, pelo menos, aos distritos mais flagelados. "Se acharem que este documento é útil, ajudem-nos a conseguirmos a nível nacional um projecto que financie esta cartografia", apelou.
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