Mais de 1.000 operacionais estão hoje ao final da tarde a combater o incêndio que deflagrou no sábado em São Teotónio, concelho de Odemira, sendo apoiados por 341 veículos e 14 meios aéreos, segundo a Proteção Civil.
A página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), consultada pela agência Lusa às 19:00, indica que se encontravam no combate a este fogo 1.011 bombeiros.
O incêndio deflagrou no distrito alentejano de Beja, mas entrou depois no Algarve, nos concelhos de Monchique e Aljezur (distrito de Faro).
De acordo com informações prestadas pela ANEPC às 13:10, já arderam 7.000 hectares e foram evacuadas 20 povoações e um parque de campismo, num total de 1.424 pessoas deslocadas. Há ainda registo de 40 pessoas assistidas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Durante o briefing operacional, o comandante nacional da ANEPC, André Fernandes, disse que as condições meteorológicas na zona iriam manter-se desfavoráveis durante a tarde, devido ao calor e ao vento seco, e que as 24 horas seguintes seriam fundamentais para evitar que o incêndio progrida para a serra de Monchique.
Além das condições meteorológicas, explicou, as características do terreno têm complicado o combate ao fogo, por dificultarem a progressão das equipas e potenciarem “a abertura do incêndio em várias novas frentes”.
Noutro briefing realizado às 09:30, no posto de comando, o comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, José Ribeiro, referiu que não haver até àquela hora a confirmação de casas destruídas, acrescentando que o trabalho de validação e verificação seria feito ao longo do dia.
Segundo informação desta tarde do município de Aljezur, pelo menos uma habitação ardeu, além de pequenos anexos e outros edificados.
Segundo o presidente da autarquia, José Gonçalves, a situação mais preocupante é na zona entre as freguesias do Rogil e Odeceixe, onde, desde hoje de manhã, a intensidade das chamas tem vindo a melhorar ou a agravar-se consoante a direção do vento, tendo havido vários reacendimentos.
Em Odemira, a proprietária de um turismo rural disse que a estrutura principal do alojamento ficou destruída.
A Lusa tentou contactar esta tarde, sem sucesso, o município alentejano e o Comando Sub-Regional do Alentejo Litoral da Proteção Civil.
Às 19:00 estão ainda ativos em Portugal continental outros três incêndios rurais (nos municípios de Vila do Conde, Óbidos e Baião), mas nenhum mobiliza mais de 100 operacionais.
O incêndio que começou hoje à tarde, perto das 15:00, na freguesia de Foz de Arouce e Casal de Ermio, concelho de Lousã, distrito de Coimbra, já se encontra dominado, estando no terreno 275 bombeiros, 78 veículos e três meios aéreos.
O fogo que teve origem na segunda-feira no Arrabal, no concelho e distrito de Leiria, dominado esta manhã, voltou a estar em curso durante a tarde, mas entrou novamente em resolução, sendo combatido por 127 bombeiros, apoiados por 45 viaturas.
Também o incêndio que deflagrou na segunda-feira em Arcos, concelho de Vila do Conde, distrito do Porto, e que obrigou ao corte da Autoestrada 7 durante parte da madrugada de hoje, voltou a estar ativo durante a tarde, estando a ser combatido por 95 operacionais, apoiados por 29 veículos.
O fogo em povoamento florestal que deflagrou na sexta-feira em Carrascal-Sarzedas, em Castelo Branco, dominado no domingo e atualmente extinto, continua a mobilizar hoje à tarde 340 bombeiros e 110 veículos, em operações de rescaldo e observação.