O ministro da Administração Interna apelou hoje aos presidentes de câmara para manterem atualizados os planos de emergência de proteção civil e os planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, tendo em conta este período de “grande exigência”.
“Importa manter atualizados os planos de emergência de proteção civil, criando as condições para a sua célere ativação, e os planos municipais de defesa da floresta contra incêndios”, escreve José Luís Carneiro, numa carta enviada à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) sobre as medidas para a prevenção dos incêndios rurais.
Na missiva, que a Lusa teve acesso, o ministro sustenta que, neste período de “grande exigência”, os presidentes de câmara, em diálogo próximo com as populações, agentes de proteção civil locais e presidentes de junta de freguesia, não deixarão “de reforçar a mensagem da importância da adoção das ações e medidas para uma eficaz e eficiente prevenção e defesa contra os incêndios rurais, em prol da proteção e do bem-estar das comunidades que representa”.
Na carta, que a ANMP distribuirá depois pelos autarcas, o governante refere que os incêndios rurais representam “uma grande ameaça para as comunidades e territórios”, sendo “fundamental que cada um assuma as suas responsabilidades no que respeita à prevenção desta ameaça e, sempre que a mesma se torne efetiva, à proteção comunitária de pessoas e bens”.
“Neste combate, que envolve toda a comunidade, importa garantir a melhor cooperação entre as diferentes entidades e instituições locais – com destaque para as câmaras municipais, juntas de freguesia, bombeiros e forças de segurança –, a fim de ser possível proteger as pessoas e o seu património de forma eficaz e eficiente”, precisa José Luís Carneiro.
Para o efeito, sublinha o ministro, “é essencial que cada vez mais se desenvolva uma cultura de prevenção e de alerta precoce suscetível de capacitar as populações para a adequada colaboração com os agentes de proteção civil, a estimular através da criação de sistemas de monitorização e alerta de incêndios rurais e da realização de ações de sensibilização e de preparação das populações”.
O governante refere ainda que, “numa vertente operacional, é vital implementar medidas preventivas, tais como a limpeza de terrenos e matas, a manutenção de caminhos, a criação de faixas de proteção dos aglomerados populacionais, o apoio à conservação das linhas de água e a sensibilização das populações para a adoção de comportamentos seguros, quer no uso do fogo, quer na autoproteção”.
Na segunda-feira, o ministro da Administração Interna escreveu aos presidentes de junta de freguesia também a apelar à capacitação das populações para colaborar com os agentes de proteção civil no combate a fogos rurais e à limpeza de matas e terrenos.