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– 16-10-2004 |
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Incêndios : Eurodeputados socialistas acusam Governo de devolver 300 milhões à UELisboa, 15 Out Em carta dirigida hoje ao comissário europeu da Agricultura, Franz Fischler, os eurodeputados António Costa, Luís Capoulas Santos, Paulo Casaca e Jamila Madeira realçam que o Governo português não foi "capaz" de aplicar esses fundos comunitários. "Facto em contraste com a gritante necessidade de aplicar rapidamente verbas na recuperação das florestas devastadas, das culturas, dos campos, a fim de evitar a desertificação, humana e natural, de uma vasta área do território europeu", acrescentam os quatro eurodeputados socialistas. A área florestal ardida este ano em Portugal já atingiu 114 mil hectares, em consequência de 17.631 incêndios, conforme um balanço apresentado hoje pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil. Os incêndios florestais deste ano foram em menor número do que em 2003, ano em que ocorreram 23.800 fogos, que destruíram 424.869 hectares, causaram a morte a 21 pessoas e prejuízos de mil milhões de euros, segundo aquele organismo estatal. Aqueles deputados portugueses integrados no Grupo Socialista no Parlamento Europeu (PSE) interrogam o executivo comunitário sobre a aplicação da Política Comunitária de Desenvolvimento Rural (PCDR) nas áreas atingidas pelo fogo em Portugal, especialmente o Algarve e o Sul do Alentejo. António Costa, Capoulas Santos, Paulo Casaca e Jamila Madeira interrogam a Comissão Europeia sobre "quais os pedidos feitos pelas autoridades portuguesas para reforço dos instrumentos da PCDR ou para a criação de novos instrumentos" e "qual a resposta dada". à Comissão Europeia é solicitado que esclareça sobre a disponibilidade das instituições europeias para contribuir para a resolução dos problemas causados pelo fogo em Portugal. Os socialistas pretendem ainda resposta sobre "quais os instrumentos da PCDR – através do FEOGA-Orientação, do FEOGA-Garantia e do Fundo de Solidariedade – actualmente disponíveis para a recuperação do território devastado pelos incêndios em 2003 e 2004". "Com que montantes são dotados? Qual o grau de execução em Portugal das verbas correspondentes a esses instrumentos", questionam. Os parlamentares subscritores da carta consideram "uma grande catástrofe de dimensão europeia a destruição de centenas de milhar de hectares de terra agrícola, de habitações rurais e, sobretudo, de floresta, especialmente montados de sobro e azinho, preciosidades do ecossistema mediterrânico". Afirmam, também, que verificaram no terreno que "pouco ou nada foi feito para responder a este desastre de enormes proporções", frisando que se torna "fundamental esclarecer a razão desta situação".
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