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– 24-05-2003 |
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Guin�-Bissau : Economia pode implodir com baixa do caju no mercado internacionalBissau, 23 Mai Em plena campanha da castanha de caju, os armaz�ns da Guin�- Bissau enchem-se daquela que �, a seguir �s pescas, a principal fonte de rendimento do país, porque os compradores internacionais, todos indianos, não aceitam o pre�o estabelecido pelo governo, por decreto, de 610 d�lares norte-americanos (521,4 euros, � taxa de c�mbio actual) por tonelada. A recusa dos compradores indianos deve-se � baixa do caju nos mercados internacionais com a agravante de a moeda de refer�ncia, o d�lar norte-americano, estar igualmente em queda, sem que o governo guineense tenha em conta esta realidade na fixação do pre�o. A fixação de pre�os em todo o processo do neg�cio do caju, desde a compra no produtor até � sua venda, pelos intermedi�rios aos exportadores e � sa�da da matéria prima do país em direc��o � �ndia, foi justificada pelo governo com a necessidade de "proteger os camponeses" e controlar os impostos aplic�veis. No entanto, a sucessão de acontecimentos, nomeadamente o descalabro nos pre�os internacionais do caju e na cota��o do d�lar norte-americano, veio alterar todo o cen�rio, pressionando os pre�os para baixo no produtor que o governo afixou, em Fevereiro, nos 250 Francos CFA o quilo(cerca de 60 c�ntimos do d�lar). Perante isto, o presidente da Associa��o Nacional de Agricultores da Guin�-Bissau (ANAG) defendeu publicamente que o governo deve imediatamente liberalizar os pre�os permitindo aos produtores vender o caju pela quantia que quiserem. Desta forma, Ant�nio Nunes, entende que todos os protagonistas deste neg�cio, desde os intermedi�rios, passando pelos exportadores, até aos compradores internacionais, ficariam com margem de manobra para actuar. "Se isso não acontecer os produtores podem deparar-se com uma situa��o grave que � ficarem com o caju nas m�os, sem saber o que lhe fazer", alertou Ant�nio Nunes. O presidente da ANAG recorda que "em anos anteriores, por esta altura, j� uma parte significativa das cerca de 75 mil toneladas de produ��o média anual tinha sido exportada e este ano ainda não saiu praticamente nenhum caju da Guin�-Bissau". Como agravante, o governo, adiantou Nunes, decretou que os indianos e outros comerciantes que não perten�am � Comunidade Econ�mica de Estados da �frica Ocidental (CEDEAO), nomeadamente da Maurit�nia, não podem participar no neg�cio directo do produto. Esta medida surgiu para proteger os empres�rios nacionais mas, devido � crise econ�mica grave, estes estáo descapitalizados. Sem os estrangeiros no terreno, escasseia o dinheiro que permite aos camponeses escoarem a produ��o, levando a um impasse que pode ter "graves consequ�ncias nas economias familiares". Para alterar este estado de coisas, a Associa��o Guineense de Exportadores (AGEX) de caju lanãou um apelo ao Governo para organizar uma mesa redonda com todos os intervenientes como forma de procurar solu��es para o problema. Na mem�ria de todos está a crise que afectou o mercado do amendoim que na d�cada de 80 era, tal como agora o caju, a monocultura na Guin�-Bissau, levando ao desespero e � fal�ncia milhares de produtores.
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