|
|
|
|
|
– 01-10-2005 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] [ Internacional ] |
Gripe das Aves: OMS apela para calma ap�s previs�es alarmistas de respons�velGenebra, 30 Set O porta-voz da OMS para a luta contra a gripe das aves, Dick Thompson, recordou hoje que � imposs�vel prever qual poder� ser o balanão humano de uma eventual epidemia causada pela gripe das aves. A doen�a j� matou 63 pessoas na �sia desde o final de 2003. Thompson defendeu a necessidade de se manter a prud�ncia em rela��o �s diferentes previs�es num�ricas, porque todas elas se baseiam em "conjecturas". "não devemos deixar-nos levar por mais previs�es alarmistas", declarou o porta-voz numa confer�ncia de imprensa em Genebra. Na quinta-feira, o britúnico David Nabarro, um dos principais especialistas da OMS na área da Saúde pública, que acabara de ser nomeado para liderar o Gabinete de Coordena��o das Na��es Unidas para o combate � gripe das aves, disse, em Nova Iorque, que a "dimensão da mortalidade [causada por uma eventual epidemia] poder� situar-se entre cinco e 150 milhões". Este n�mero � o mais elevado alguma vez avan�ado por um respons�vel internacional. "David Nabarro falava da gama de previs�es dos especialistas (�) Podemos citar qualquer n�mero – a escolha � vasta – e ele pode estar certo", observou Thompson. A estimativa oficial da OMS aponta para um balanão que poder� estar compreendido entre dois e 7,4 milhões de mortos, mas trata-se apenas de um n�mero indicativo fornecido aos países membros para os ajudar a preparar os stocks de medicamentos e os planos de quarentena em caso de epidemia, explicou o porta-voz. "Estimamos que os países teráo de estar preparados para enfrentar a morte de entre dois e 7,4 milhões de pessoas", indicou. Reiterando que a organiza��o não quer causar alarme, Thompson sustentou que se os países não estiverem prevenidos para a hip�tese de uma epidemia que poder� afectar 7,4 milhões de pessoas, "o máximo que estimamos poder� verificar-se". "Utilizamos estes n�meros para o pior cen�rio", insistiu o porta-voz. A estirpe da gripe das aves denominada H5N1, que foi encontrada em diversos tipos de aves, sobretudo na �sia, causou a morte de pelo menos 59 pessoas. A presença deste tipo de v�rus fez com que milhões de aves fossem abatidas para evitar o cont�gio humano, j� que a maioria dos casos humanos detectados ocorreram em pessoas que tinham contacto com aqueles animais. A OMS teme que o v�rus da gripe das aves sofra uma muta��o e se transforme numa estirpe transmiss�vel entre humanos, fazendo milhões de v�timas. Nabarro afirmou quinta-feira que as informações cient�ficas indicam que "em qualquer momento pode haver uma epidemia de gripe humana" e, por isso, pediu � ONU e aos Governos para estarem preparados para preveni-la e reagir se tal ocorrer. O respons�vel do Gabinete de Coordena��o de combate � doen�a rec�m-criado pelas Na��es Unidas considerou que a epidemia pode ocorrer "em breve" e que a possibilidade de o v�rus que causa a gripe das aves "se transmutar das aves para os humanos � muito alta. Seria um erro ignorar esta amea�a". Thompson recordou hoje que o mundo sofreu várias epidemias de gripe devastadoras no �ltimo s�culo, como a de 1918, conhecida como gripe espanhola, que come�ou nos Estados Unidos e afectou 40 milhões de pessoas no mundo, bem como as posteriores, de 1957 e 1969, que tiveram consequ�ncias calamitosas e levaram � morte de cerca de cinco milhões de pessoas. A OMS recomendou aos Governos para estarem preparados com vacinas e medicamentos para deter o v�rus e responder rapidamente quando se registarem os primeiros surtos da epidemia. As ag�ncias das Na��es Unidas consideram que, para tal, tem de haver coordena��o entre diferentes organismos, como a Organiza��o para a Agricultura e a Alimenta��o (FAO) e a OMS, além de se estudar a colabora��o de instituições como o Banco Mundial (BM) e o sector privado, especialmente da ind�stria farmac�utica. O Governo portugu�s decidiu comprar doses do medicamento antiviral Oseltamivir para combater o v�rus da gripe das aves, um investimento que ascender� a 22,58 milhões de euros. Portugal reservou uma quantidade suficiente para proteger cerca de 25 por cento da popula��o. Um relatério do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) apresentado em Junho deste ano sobre os "Cen�rios preliminares para uma eventual pandemia" refere tr�s cen�rios hipot�ticos, o pior dos quais aponta para 11.166 mortos. No caso de Portugal, segundo o mesmo relatério, o pior cen�rio, para uma dura��o m�xima de 20 semanas de pandemia, corresponderia a uma "taxa de ataque" de 35 por cento da popula��o (cerca de 3,6 milhões de pessoas), 1,9 milhões de consultas m�dicas e 46.500 hospitaliza��es.
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2007. Todos os direitos reservados. Optimizado para o IE 5.#, resolu��o 800 x 600 e 16 bits |