A ministra da Agricultura já assinou o despacho que reconhece oficialmente o impacto da falta de água no território, e as consequências negativas para a actividade agrícola.
Foi o que explicou, esta manhã, no programa Antena Aberta, da Antena 1, a ministra Maria do Céu Antunes.
Perante esta situação de seca, declarada oficialmente esta segunda-feira, a ministra da Agricultura reconhece o impacto na atividade agrícola e no rendimento dos agricultores.
No mês de abril, pouco choveu, e foram registadas temperaturas acima do normal, com três ondas de calor durante o mês passado.
No ano passado, este tipo de despacho só foi publicado a 21 de junho. Agora a seca é reconhecida quase um mês e meio mais cedo.
Quanto a apoios, Maria do Céu Antunes anuncia um alargamento do prazo para as candidaturas, no âmbito da Política Agrícola Comum.
A ministra dá também conta de um apoio extraordinário, para ajudar os produtores a enfrentam as consequências negativas da seca, da guerra e da inflação.
Entrevistado esta manhã na Antena 1, o vice-presidente da Agência Portugal do Ambiente, diz que, em comparação com 2022, há hoje mais água nas albufeiras nacionais.
Ainda assim, José Pimenta Machado sublinha que em algumas regiões do país, a situação é agora mais grave do que no ano passado.
O vice-presidente da Agência Portugal do Ambiente responsável considera que a água é um bem cada vez mais escasso e que, nos planos do Governo, deve estar um consumo cada vez mais eficiente da água.
Já Eduardo Oliveira e Costa, Presidente da CAP, referiu à Antena 1 que a medida governamental já devia ter sido tomada pelo governo há mais tempo, isto porque os agricultores das regiões mais secas já perderam culturas e animais
Também Joaquim Manuel Lopes, presidente da confederação, diz que a situação de seca era já conhecida. E explica que os cereais e as pastagens já estão perdidos. E as importações de alimento animal vão, por isso, subir este ano.