O programa “Floresta Comum” tem mais de 110 mil arbustos e árvores para oferecer até final de setembro de 2023. O objetivo é apoiar projetos educativos e públicos ou comunitários relacionados com a floresta, a conservação da natureza e a recuperação da biodiversidade, que planeiem fazer plantações no próximo outono-inverno.
No total, há mais de 110 mil pés de arbustos e árvores para oferecer pelo Programa “Floresta Comum”, incluindo cerca de 40 espécies florestais e agroflorestais. As plantas estão direcionadas à próxima campanha de plantação, que decorrerá no outono de 2023 e inverno de 2024, período em que as condições meteorológicas em Portugal são mais favoráveis a uma florestação bem-sucedida.
Alfarrobeira (Ceratonia siliqua), azevinho (Ilex aquifolium), castanheiro (Castanea sativa), sobreiro (Quercus suber) e teixo (Taxus baccata) são apenas alguns exemplos da variedade de espécies existentes e cujas características se podem adaptar melhor a diferentes regiões do país.
A quantidade de arbustos e árvores para oferecer é bastante varável consoante a espécie em causa – por exemplo, desde 30 pés de loureiro (Laurus nobilis) a 16 mil de carvalho-negral (Quercus pyrenaica) – e o local onde se encontram também difere consoante os quatro viveiros que lhes servem de maternidade: Amarante, Malcata, Valverde e Monte Gordo. É esta a localização dos viveiros do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, onde poderão ser levantadas as árvores em oferta nesta Bolsa Pública de Espécies Florestais.
Conheça a lista, quantidade e localização das espécies disponíveis para esta campanha 2023-24.
Árvores para oferecer dirigem-se a dois tipos de projeto
Os pequenos arbustos e árvores para oferecer são dirigidas em exclusivo a duas tipologias de projetos:
- Projetos florestais ou de conservação da natureza e recuperação da biodiversidade. Neste caso, as candidaturas podem ser apresentadas por autarquias ou outras entidades públicas (comunidades intermunicipais, por exemplo) e por órgãos gestores de baldios.
Pode aceder ao formulário de candidatura para Projetos Florestais (e consultar o guia de apoio ao respetivo preenchimento). - Projetos educativos, sejam relacionados com áreas de floresta ou com parques florestais urbanos. Estes projetos devem ser propostos por autarquias em parceria com entidades de ensino.
Aceda ao formulário de candidatura para projetos educativos em Parques urbanos (e apoie-se no respetivo guia de preenchimento).
As entidades candidatas à doação das plantas têm de cumprir uma série de requisitos, incluindo, entre outros:
– Assegurar que está disponível o espaço onde as plantas serão plantadas, assim como garantir o levantamento e transporte das plantas até ao local de plantação (assim como a devolução aos viveiros dos tabuleiros onde se encontram).
– Demonstrar a sua capacidade para as plantar, assim como para proceder ao acompanhamento e manutenção que requerem no futuro.
– Ter o projeto autorizado ou validado de acordo com o Regime Jurídico para as Ações de Arborização e Rearborização (RJAAR), nos casos em que este requisito se aplica, como acontece à maioria dos projetos relativos a povoamentos florestais. Saiba mais sobre as regras e exceções do RJAAR.
Há mais de uma década a contribuir para a plantação de florestas
Recorde-se que o Programa “Floresta Comum” tem por missão plantar florestas que tragam benefícios para as atuais e futuras gerações. A iniciativa arrancou em 2011 e junta diversas entidades publicas e privadas, entre as quais o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, a ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses e a UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Todos os anos, o Floresta Comum tem árvores para oferecer, na maioria dos casos, a projetos comunitários e educativos. Menos frequentemente tem aberto candidaturas dirigidas a particulares. De acordo com dados disponibilizados no site do projeto, mais de 1,4 milhões de árvores foram plantadas desde então.
Para mais informações consulte o site do Programa “Floresta Comum”.
O artigo foi publicado originalmente em Florestas.pt.