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– 31-07-2004 |
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Angola : Falta de financiamento compromete meta de redução de compras de carneLuanda, 30 Jul "Os nossos associados estão a enfrentar dificuldades na obtenção de financiamentos e, sem dinheiro, não podem ter êxito no desenvolvimento da actividade agro-pecuária", alertou Luís Salvaterra, secretário-geral da Cooperativa dos Criadores de Gado do Sul de Angola, em declarações à Lusa. "Temos uma reserva de cerca de três milhões de cabeças de gado no sul do país, mas, se queremos acabar com a importação de carne bovina, é necessário termos um projecto de desenvolvimento agro-pecuário", acrescentou. Nesse sentido, Luís Salvaterra revelou que a cooperativa está a elaborar um projecto de desenvolvimento, em colaboração com especialistas estrangeiros, prevendo poder apresentar o documento ao governo "antes do fim do ano". "A importação anual de milhares de toneladas de carne pode ser evitada se Angola aproveitar as potencialidades disponíveis em termos de recursos pecuários", frisou o secretário-geral da cooperativa de criadores de gado. O mercado angolano consome anualmente cerca de 25 mil toneladas de carne bovina, das quais apenas cerca de oito mil são asseguradas pela produção dos criadores do sul do país, a principal zona de criação de gado bovino em Angola. Para divulgar a qualidade do gado existente no sul de Angola e da carne ali produzida, cerca de meia centena de criadores vão participar, entre 17 e 22 de Agosto, na Feira Agro-Pecuária do Lubango, capital da província angolana da Huíla. "Será uma oportunidade para sensibilizarmos as autoridades governamentais no sentido de apoiarem a cooperativa e os criadores", admitiu Luís Salvaterra. A criação da Cooperativa de Criadores de Gado do Sul de Angola, ocorrida em Março, foi o primeiro passo de um plano que visa aumentar a produção nacional de carne, de forma a reduzir significativamente o peso das importações deste produto alimentar. O segundo passo será a aquisição de 35 mil cabeças de gado de qualidade na Namíbia, África do Sul e Botsuana. "Com a aquisição de 35 mil animais de qualidade, dentro de 10 anos a cooperativa estará em condições de fornecer 60 por cento das necessidades nacionais de carne", salientou Luís Salvaterra. As províncias da Huíla e do Cunene, no sul de Angola, são as regiões tradicionalmente vocacionadas para a criação de gado, estando actualmente contabilizados naquela zona cerca de três milhões de animais. O problema, segundo Luís Salvaterra, é que 90 por cento dessas cabeças de gado pertencem a criadores tradicionais, maioritariamente pastores. "Apenas 10 por cento são animais de raça, pertencentes aos fazendeiros", afirmou o secretário-geral da cooperativa, salientando que estas cabeças de gado "não são suficientes para abastecer o mercado nacional com carne de qualidade". O repovoamento de fazendas que se encontram abandonadas é outra das medidas preconizadas pela cooperativa para aumentar a produção nacional de carne de bovino. A cooperativa conta actualmente com cerca de quatro dezenas de sócios, proprietários de quase 80 fazendas.
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