Projeto de investigação realizado na freguesia de Isna, em Oleiros, regista valores que rondam os dois quilos por pinheiro-bravo.
A primeira fase de testes realizados pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em conjunto com a empresa Raízes In, sobre a viabilidade da extração de resina, ultrapassou o valor da média nacional de produção.
A primeira avaliação da campanha que decorreu entre abril e o início de novembro, permitiu constatar que a extração tradicional da resina em 60 pinheiros-bravos numa parcela de pinhal na freguesia de Isna, concelho de Oleiros, rondou os dois quilos por árvore, o que supera os habituais cerca de quilo e meio por bica, no primeiro ano de exploração. Na segunda campanha, que dará continuidade à extração de resina em modo tradicional nos mesmos pinheiros, é estimado um aumento de produção entre os 30 e os 40 por cento, pode ler-se no comunicado emitido pela Câmara Municipal.
O projeto de investigação, que está a ser desenvolvido por um consórcio de 37 entidades, liderado pelo Forestwise – Laboratório Colaborativo para Gestão Integrada da Floresta e do Fogo, visa aperfeiçoar as técnicas de exploração de resina. Outro ensaio, a realizar no próximo ano, em 60 pinheiros da mesma localidade, vai testar outras técnicas, utilizando um sistema fechado que pretende aumentar a qualidade da resina obtida e também novos estimulantes biológicos para aumentar a produção.
Os ensaios, cofinanciados pelo Fundo Ambiental através da Componente 12 – Promoção da Bioeconomia Sustentável – dos fundos europeus atribuídos a Portugal pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estão a decorrer também em parcelas de pinhal em Vila Pouca de Aguiar, Nazaré, Cantanhede e Amareleja.
O artigo foi publicado originalmente em Produtores Florestais.