As práticas de agricultura regenerativa levam a alimentos com perfis nutricionais mais saudáveis, concluiu uma investigação da Universidade de Washington, nos Estados Unidos da América. Em comunicado, a universidade explica que os resultados da experiência preliminar, que incluiu 10 terrenos agrícolas pelo país, mostrou que existiu um reforço em certos minerais, vitaminas e fitoquímicos que beneficiam a saúde humana.
Os resultados do novo estudo mostraram que as explorações que praticam a agricultura regenerativa tinham solos mais saudáveis, medidos pela sua matéria orgânica, ou carbono, conteúdo e por um teste padrão.
“O que vimos é que os solos regenerativamente cultivados tinham o dobro do carbono no solo e um triplo aumento na sua pontuação de saúde”, disse o principal autor do estudo, David Montgomery. As colheitas cultivadas nas explorações regenerativas também eram mais baixas em elementos amplamente prejudiciais para a saúde humana, incluindo o sódio, o cádmio e o níquel, em comparação com as colheitas vizinhas cultivadas convencionalmente.
Os investigadores acreditam que a chave está na biologia do solo – os micróbios e fungos que fazem parte do ecossistema do solo – uma vez que estes organismos ajudam, direta e indiretamente, a impulsionar compostos benéficos nas culturas.
“A maior crítica que eu teria deste estudo é o tamanho da amostra pequena – é por isso que o título do jornal inclui a palavra ‘preliminar’”, disse o investigador. “Gostaria de ver muitos mais estudos começarem a quantificar: Como é que as diferenças na saúde do solo afetam a qualidade das colheitas provenientes daquela terra?”, conclui.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.