A Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV), do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), vai construir um edifício que deverá estar pronto em final de 2025, num investimento de 4,7 milhões de euros (ME).
“Esta empreitada, para um novo edifício, de raiz, é no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência [PRR], com objetivo de ter um espaço capaz de responder às necessidades académicas”, disse à agência Lusa o presidente do IPV, José Costa.
Segundo este responsável, o novo edifício, que será construído num terreno contíguo aos pavilhões que formam, atualmente, a ESAV, “servirá, essencialmente, as necessidades pedagógicas, de investigação e para a ligação à comunidade”.
“É o culminar de muitos anos de anseios, porque a ESAV sempre existiu em espaços prefabricados e, ao longo dos anos, formou gente com muita qualidade, fruto de um esforço muito grande da comunidade académica”, destacou.
O concurso público da empreitada para a construção do edifício administrativo e pedagógico da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viseu, no âmbito do projeto PRR, foi publicado na quarta-feira no Diário da República.
A ESAV completou este mês, no dia 19, 29 anos de existência e, “desde a primeira hora, tinha o anseio de conseguir instalações próprias e dignas que, nos dias de hoje, se tornavam ainda mais necessárias, dada a investigação e inovação atual”.
José Costa lembrou, ainda em declarações à agência Lusa, que a ESAV começou por funcionar na Escola Superior de Tecnologia, depois passou para o atual espaço, na Quinta da Alagoa, na Estrada de Nelas, onde vai ficar o novo edifício, em espaços contíguos aos atuais pavilhões.
“Contamos que esteja pronta no final de 2025, temos 16 meses para realizar a obra que tem um investimento de 4,7 ME mais IVA. Desde que apresentamos o projeto houve um aumento muito significativo no valor e, por isso, agora o PRR não está a financiar em 100%, mas o nosso desejo é que o venha a ser”, salientou.
A obra também permitirá ter “condições para uma das vertentes mais importantes, a da comunidade, já que terá espaços para prestar serviços em áreas de aprendizagem como, por exemplo, na enologia, estudos dos solos ou na área da veterinária”.
O novo edifício vai também ser “muito importante, diria mesmo fundamental, para o doutoramento na área científica de Sustentabilidade Agroalimentar e Ambiental” que deverá fazer parte da oferta da Escola “antes de o edifício estar pronto”.
A ESAV tem, atualmente, 32 professores do quadro no ativo e cerca de 450 estudantes, no universo do IPV, que conta, este ano letivo, com cerca de 6.300 alunos e 506 docentes, tanto do quadro como em tempo parcial.
“Do quadro do pessoal do IPV, temos 277 docentes e, destes, 221 são doutorados, ou seja, 80%, uma média que se mantém na ESAV, já que dos 32 professores, 81% são doutorados”, acrescentou José Costa.