Luís Dias, agricultor de Idanha-a-Nova, está desde 2017 à espera de um apoio do Estado para poder reconstruir um campo agrícola que ficou destruído na tempestade Ana.
Luís Dias tem passado os dias deitado no jardim em frente ao Palácio de Belém à espera que o Ministério da Agricultura o ajude a reconstruir os campos agrícolas que ergueu em 2013, em Idanha-a-Nova.
Em 2017, uma tempestade destruiu os campos. Os quatro hectares de amoras ficaram submersos, tapados pelas estruturas das estufas que com o vento não se mantiveram de pé. Restava a Luís Dias e à sócia acionar os apoios criados para quem perde tudo por causa de catástrofes naturais.
“Segundo as regras normais, o Estado devia pagar uma tranche de metade da comparticipação europeia (…). Nós fazíamos o restante investimento. Só que o problema foi que eles nunca pagaram”, explica Luís Dias.
Ou seja, o orçamento para reconstruir as estufas foi de 240 mil euros, valor que Luís Dias enviou para o Ministério da Agricultura. Mas o que diz o Ministério é que não pode haver reembolsos baseados em orçamentos.
Já recorreu a todo o tipo de ajudas e até a Provedoria de Justiça lhe deu razão. Está sem comer às portas de Belém há mais de 20 dias.