Em Monchique, concelho onde ainda é possível ver as marcas do grande incêndio de 2017 que consumiu 27 mil hectares de floresta, André Silva chamou a atenção para a necessidade de uma mudança na política em torno da floresta do país, referindo que “é preciso coragem para deseucaliptar Portugal”.
O cabeça de lista do PAN por Lisboa não pretende acabar com o eucalipto, mas entende que se deve caminhar no sentido de o país ter “uma pequena parcela suficiente para produzir pasta de papel” e tornar prioritárias as espécies autóctones.
“Tem que se rever e reajustar os planos regionais de ordenamento florestal [aprovados em 2018] porque ainda contém muitas áreas de eucalipto” e onde esta espécie é considerada prioritária, defendeu.
Para André Silva, o Governo, em matéria de políticas florestais, “não está a ter uma visão a longo prazo”, continuando a privilegiar a plantação de eucaliptos.
“Temos que caminhar para uma situação em que direcionamos e privilegiamos os fundos públicos para espécies autóctones”, vincou.