O comandante da Proteção Civil alerta, porém, que “face às condições meteorológicas” a situação é preocupante em todo o território de Portugal continental e não vai melhorar.
Às 12:00 desta quinta-feira, seis incêndios florestais, nos distritos de Leiria, Aveiro, Porto e Viana do Castelo, mereciam “maior destaque e acompanhamento”, num dia em que a situação continua a ser extrema.
O balanço foi feito, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelo comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes: “Há 12 incêndios ativos, seis quais merecem maior destaque e acompanhamento”.
Segundo André Fernandes, os incêndios em curso mais preocupantes lavravam em Abiul, no concelho do Pombal, em Caranguejeira (Leiria), outro em Pombal, Lindoso (Ponte da Barca), Baião (Porto) e Oliveira de Azeméis (Aveiro). Estes seis incêndios mobilizam 1.454 operacionais, 425 viaturas e 20 meios aéreos.
A situação em todo o território de Portugal continental “é preocupante face às condições meteorológicas, mas olhando para o mapa de incidência de ignições, a região Centro, nomeadamente os distritos de Leiria e Santarém têm sido os mais fustigados, onde todos os dias há novas ignições. Isto cria o esforço nos operacionais e stress à população afetada”, destacou André Fernandes, sublinhando que ainda assim “até à data, não há vítimas graves e não há vítimas mortais”.
“As condições meteorológicas são de facto adversas e não têm só a ver com aquilo que é a progressão dos incêndios, qualquer pequena ignição tem um potencial à cabeça para se tornar uma grande ignição. É esta a consciência que temos de ter”, apelou.
Mas nem tudo são más notícias. O comandante nacional da ANEPC deu também conta que já foram dominados os fogos que deflagraram na quarta-feira em Montenegro (Faro), Abrunhosa-a-Velha (Mangualde), Palmela, Caminha e Seia (Guarda).
“Desde as 00:00 e até às 12:00 de hoje foram registados 71 incêndios, enquanto à mesma hora de quarta-feira tinham ocorrido 59”, disse o responsável, sublinhando que “a situação é extrema do ponto de vista meteorológico” e que não vai melhorar.
Segundo a ANEPC, desde o dia 8 de julho ocorreram 9.004 incêndios rurais, que envolveram 30.299 operacionais, 8.141 meios terrestres e 452 missões para os meios aéreos.