Em véspera do dia mundial do Ambiente, que se celebra a 5 de junho, a associação Zero insta o Governo a agir em quatro áreas prioritárias nos quatros anos que se seguem
Até 2027, 38% dos 6,5 mil milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência para Portugal têm de ser aplicados na área do ambiente, sobretudo em medidas relacionadas com ação climática, energia, mobilidade, água, floresta e conservação da natureza. Em entrevista ao Expresso, o ministro do Ambiente Duarte Cordeiro, disse que não lhe passa pela cabeça “desperdiçar esta oportunidade”, e que “o grande desafio deste mandato é o da concretização e execução”.
A Zero espera que assim seja. E, em véspera do Dia mundial do Ambiente – que este ano tem como tema “Uma só Terra” –, a Associação Sistema Terrestre Sustentável lança um comunicado com quatro desafios ao Governo para que aplique bem os recursos financeiros do PRR e do programa Next Generation EU, seguindo os princípios do Pacto Ecológico Europeu.
BEM-ESTAR E MINIMIZAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
“Garantir o bem-estar de todos, dentro do respeito dos limites do planeta” é o primeiro dos quatro objetivos propostos pela Zero. Neste sentido, os ambientalistas esperam que o Orçamento de Estado “coloque a Economia ao serviço das pessoas e das comunidades, potenciando uma atividade económica que maximize os impactes positivos e minimize os impactos negativos”, de acordo com as necessidades das diferentes regiões.
ANTECIPAR A NEUTRALIDADE CARBÓNICA
Tendo Portugal sido o primeiro país europeu a aprovar uma Lei de Bases do Clima — e estando comprometido a atingir a neutralidade carbónica até 2050, pr opondo-se a antecipar esta meta para 2045— a Zero quer ver concretizados os estudos e medidas que permitam atingir estes objetivos e “de preferência até 2040”.
Segundo Duarte Cordeiro, o Governo vai “procurar atingir mais cedo as metas na área de energia, nomeadamente produzir 80% da energia a partir de […]