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– 19-11-2004 |
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Cooperativas invocam peso do sector para reivindicar poder de decisãoSantar�m, 18 Nov Fernando Mendon�a, presidente da Confedera��o das Cooperativas Agr�colas e do Cr�dito Agr�cola de Portugal (Confagri), disse, na abertura do II Congresso das Cooperativas Portuguesas, que decorre hoje e sexta-feira em Santar�m, que a dimensão do sector deve reservar-lhe um papel além do "desabafo" que lhe � permitido nos v�rios orgãos consultivos em que está representado. Por isso, Fernando Mendon�a reivindica poder de decisão da Confagri no Conselho Nacional de Agricultura. Aproveitando a presença do secret�rio de Estado Adjunto e do Trabalho, Pais Antunes, Fernando Mendon�a pediu a redu��o da taxa de IRC que � paga pelas cooperativas, um apelo que ficou sem resposta. Pais Antunes falou da import�ncia social e comunitária das cooperativas, mas lembrou que, no contexto actual de forte concorr�ncia, estas não podem esquecer a sua sustentabilidade financeira, que passa pela diversifica��o de produtos e investimentos, pela promo��o da sua imagem, pela qualidade do servi�o e por novas formas de participa��o baseadas em parcerias e aperfei�oamento da compet�ncia profissional do sector. O II Congresso das Cooperativas Portuguesas decorre cinco anos depois do primeiro e visa levar os cerca de 600 participantes, reunidos no Centro Nacional de Exposi��es, em Santar�m, a reflectirem sobre a situa��o actual do sector, os problemas com que se defronta e "projectar o desenvolvimento � luz dos novos desafios e oportunidades", segundo a organiza��o. O presidente da Confedera��o Cooperativa Portuguesa (Confecoop), Guilherme Vilaverde, lamentou que o sector cooperativo não beneficie, de facto, do fomento e apoio a que o Estado está constitucionalmente obrigado, sublinhando que "além de não beneficiar de qualquer discrimina��o positiva, ainda se v� comparativamente prejudicado em rela��o ao sector lucrativo da economia privada". Guilherme Vilaverde falou do papel das cooperativas na resolu��o de muitos problemas sociais, contrapondo a sua actividade aos grandes interesses econ�micos "geradores das mais profundas desigualdades e da exclusão" e aos "sectores tradicionais" que "não possuem as respostas necess�rias para a satisfa��o das inúmeras car�ncias e debilidades detectadas no seio das nossas comunidades". Como exemplo da "desigualdade" em rela��o a outros agentes do mercado, Guilherme Vilaverde apontou a aus�ncia de um regime de segurança social espec�fico para os cooperadores-trabalhadores, as limita��es no acesso a apoios comunitários, a falta de apoios � organiza��o e instala��o das estruturas associativas representativas do sector. Entre as propostas que deixou aos congressistas, Guilherme Vilaverde apontou a criação de uma Academia que promova actividades regulares, nomeadamente na área da forma��o cont�nua dos dirigentes e profissionais, e os valores e a imagem social do sector, sugerindo ainda a elabora��o de um plano estratégico "de forma a orientar o movimento e os seus agentes". Em Portugal existem 3.128 cooperativas, distribu�das por 12 ramos de actividade, sendo os de maior expressão o agr�cola (29 por cento do total das cooperativas), o da habita��o (18 por cento) e o dos serviços (14 por cento). O cooperativismo está a crescer em áreas como a solidariedade social e a cultura, segundo dados divulgados pela organiza��o do congresso. Estima-se que o sector empregue 51.000 pessoas e tenha um volume de neg�cios equivalente a cinco por cento do Produto Interno Bruto, movimentando cerca de 6.400 milhões de euros, excluindo o ramo do cr�dito agr�cola m�tuo, e envolvendo mais de dois milhões de cooperadores. Na tarde de sexta-feira, os participantes no congresso v�o discutir uma mo��o que aponta as grandes op��es do sector, com apostas "na responsabilidade social, conhecimento, imagina��o empreendedora e Inovação".
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