|
|
|
|
|
– 11-11-2003 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] [ Internacional ] |
Cabo Verde : Presidente exorta a nova abordagem de recursos h�dricos Cidade da Praia, 10 Nov Ao intervir hoje, na Cidade da Praia, na abertura do 6� Simp�sio de Hidr�ulica e Recursos H�dricos dos Pa�ses de L�ngua Oficial Portuguesa, Pedro Pires sustentou que os novos tempos exigem de todos a altera��o de h�bitos enraizados de desperd�cio, e a supera��o de cren�as ing�nuas de abund�ncia. "O desafio actual consiste, por um lado, em aumentar as reservas e alargar o acesso � �gua pot�vel por parte das popula��es até agora sem possibilidade de a consumir em quantidade e qualidade suficientes e, por outro lado, em evitar a explora��o depredatéria e insustentada", acrescentou. Apesar de reconhecer que o acesso � �gua � uma questáo de dignidade da pessoa humana, o chefe de Estado advertiu que essa preocupa��o de justi�a deve ser harmonizada com a necessidade de preservar a natureza, e não conduzi-la ao esgotamento. Pedro Pires referiu que a questáo da gestáo da "luta pela �gua" esteve sempre presente em Cabo Verde, devido � escassez e irregularidade das chuvas, e que a pr�pria ideia da independ�ncia do país "teve entre as suas motiva��es principais estancar os desequil�brios ambientais que agravavam as secas". "Por altura da nossa independ�ncia, crian�as, muitas deles ainda no in�cio da idade escolar, andavam quil�metros e mais quil�metros de caminhos pedregosos para buscarem �gua a fim de satisfazerem necessidades m�nimas", recordou Pedro Pires, o primeiro chefe de governo do país. Para o presidente cabo-verdiano, além da satisfa��o das necessidades b�sicas da popula��o, � preciso igualmente responder �s exig�ncias de procura de �gua que a explosão urbana e o desenvolvimento do turismo v�o criando. No dom�nio do turismo, que constitui um sector estratégico de desenvolvimento de Cabo Verde, Pedro Pires defendeu a adop��o de "solu��es tecnol�gicas inovadoras e ousadas, eventualmente mais caras, mas � altura dos retornos esperados", como são os processos de dessaliniza��o e de filtra��o por membranas inorg�nicas. Sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Mil�nio, em matéria de acesso � agua e ao saneamento, aprovados em 2000 pela ONU, Pedro Pires referiu que para serem atingidos terá de haver uma duplica��o dos investimentos até agora realizados. Tal facto – real�ou – "reclama das instituições financeiras internacionais, da ajuda pública ao desenvolvimento, dos poderes públicos e do sector privado, o reconhecimento da sua import�ncia, e da prioridade que uma adequada pol�tica de �gua tem no desenvolvimento dur�vel e na qualidade de vida". Veiga da Cunha, professor catedr�tico da Universidade Nova de Lisboa, a quem coube proferir a confer�ncia inaugural do simp�sio, considerou urgente a adop��o de um outro paradigma, para novas abordagens aos recursos h�dricos. "são urgentes novas abordagens, novos conceitos, novos quadros mentais, novos estilos de vida", enumerou o universit�rio portugu�s, frisando que "nada leva a crer que isso v� acontecer de forma espont�nea". Na sua perspectiva, a escassez de �gua � apenas "uma das faces da moeda", e a outra uma grande quantidade de recursos h�dricos mal aproveitados, e a aus�ncia de uma preocupa��o de aumentar a sua capacidade, nomeadamente na agricultura. Ao dissertar sobre os "Novos Rumos para a Gestáo da �gua", o professor universit�rio sustentou que as medidas necess�rias para inverter a situa��o são t�o urgentes que não podem aguardar uma mudan�a de mentalidades com a novas gera��es. Lembrou que as metas do mil�nio das Na��es Unidas, de reduzir para metade até 2015 a propor��o de pessoas sem acesso � agua e saneamento de forma sustentada, não estáo a ser atingidas, apesar de serem menos ambiciosas de outras proclamadas em 1980. "Para dar cumprimento �s metas os Estados deveriam j� estar a ligar � rede de abastecimento cerca de 275 mil novos consumidores de �gua por dia, e cerca de 400 mil � rede de esgotos, o que não está a acontecer", acrescentou. Lu�s Veiga da Cunha precisou que actualmente s� estáo a ser ligados por dia � rede de �gua 225 mil e 210 mil consumidores � rede de esgotos. E esta incapacidade actual fica agravada quando se estima que dentro de 20 anos a popula��o mundial aumentar� em mais mil milhões de pessoas, acrescentou. O 6� Simp�sio de Hidr�ulica e Recursos H�dricos dos Pa�ses de L�ngua Oficial Portuguesa encerra quinta-feira ao final da tarde. Participam dezenas de especialistas de sete países de l�ngua oficial portugueses, estando ausente apenas Timor-Leste.
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2007. Todos os direitos reservados. Optimizado para o IE 5.#, resolu��o 800 x 600 e 16 bits |