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– 19-07-2003 |
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Azeite : Portugal pode perder oportunidade de aumentar produ��o, alerta congressoVila Flor, Bragan�a, 18 Jul O sector tinha seis anos para plantar 30 mil hectares de novo olival e, a apenas dois anos e meio de expirar o prazo, s� ainda concretizou pouco mais de um teráo desta meta. O dirigente associativo alertou para esta realidade na abertura do primeiro congresso ib�rico do Azeite e da azeitona de mesa, que junta durante dois dias mais de 300 agentes ligados ao sector, numa das zonas de maior produ��o nacional, a Terra Quente Transmontana. Apesar de Portugal ser o quarto maior produtor de azeite da União Europeia, numa lista liderada pela Espanha, e exportar este produto, o país não consegue dar resposta �s necessidades nacionais e tem de recorrer � importa��o. O alargamento dos actuais 324 mil hectares de olival � encarado como um contributo para alterar esta situa��o e o vice-presidente da CAP espera que a baixa concretização desta meta seja apenas um sintoma do velho h�bito portugu�s: "deixar tudo para a última hora". O secret�rio de Estado do Desenvolvimento Rural, Bianchi de Aguiar, mostrou-se convencido de que Portugal conseguirá alcan�ar os objectivos. "O país está a reagir bem, nomeadamente a regi�o de Tr�s-os-Montes", afirmou, sublinhando que os 11 mil hectares j� concretizados cumprem a meta inicial dos tr�s primeiros anos. Dos pr�prios agricultores depende o futuro do sector, de acordo com as expectativas deixadas na sessão de abertura do congresso. Segundo os dados divulgados, nos anos sessenta produziam-se cerca de 90 mil toneladas de azeite em Portugal. Neste momento a produ��o não chega �s 40 mil. O abandono dos olivais, a baixa dos pre�os do azeite e desinvestimento do produtor são apontadas como as causas desta regressão. Para o vice-presidente da CAP, o que h� a fazer � revitalizar todo o sector, tentando mecanizar os olivais tradicionais, convert�-los para se tornarem produtivos, incentivar o aparecimento de olivais intensivos novos e aderir �s novas tecnologias de produ��o. Aos olivicultores foi pedido maior dinamismo e, sobretudo associativismo, por forma a tornar a produ��o mais competitiva. Projectos-piloto e experi�ncias da vizinha Espanha v�o ser apresentados durante o congresso. A desburocratiza��o da "pesada m�quina administrativa" foi Também apontada como fundamental para o sector. O secret�rio de Estado assegurou que o Governo está a trabalhar para este fim com a criação de um grupo de acompanhamento e de uma estrutura inter-profissional, que serve de interlocutora. Referiu ainda o apoio � promo��o do produto, através de uma medida da União Europeia, que permite, pela primeira vez, aos estados-membros criarem medidas de apoio directo � comercializa��o. A nova reforma da Pol�tica Agr�cola Comum (PAC) ocupar� o segundo dia de trabalhos do congresso ib�rico e nela estáo centradas as expectativas do sector. Para o presidente da CAP, Jo�o Machado, os agricultores t�m "pela frente muitos desafios, mas não raz�o para enfrentar o futuro com pessimismo". "O que os agricultores t�m � de saber produzir, saber estar no mercado. Olhem � vossa volta, olhem os colegas e saibam tirar ila��es", disse.
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