No Porto, quatro dezenas de pessoas cultivam os antigos terrenos da Ervilha, as últimas áreas que a construção ainda não tomou conta, num convívio que reúne gente de todas as idades.
Entre prédios e moradias unifamiliares, tão características da zona da Foz, há um Porto verde escondido e que está a ser aproveitado por dezenas de pessoas que ali cultivam as suas hortas em terrenos esquecidos pelos seus proprietários ou à espera por melhores oportunidades imobiliárias. São os últimos agricultores das freguesias da Foz Velha e de Nevogilde, que partilham o gosto pelo cultivo de alimentos para o seu sustento, num convívio entre vizinhos cada vez mais raro nas grandes cidades.
Muito antes de se tornar numa zona de veraneio por excelência e na mais exclusiva e dispendiosa da cidade, a Foz era uma periferia do Porto, terra de pescadores e agricultores e que começou a crescer a partir da zona do Farol de São Miguel-o-Anjo, de sul para norte. No início do século XIX, a freguesia de Nevogilde era representada quase por campos agrícolas. [..]