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– 20-08-2004 |
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Angola : Recuperação da Bacia Leiteira da Cela custa 80 milhões de dólaresLuanda, 19 Ago "Neste momento, estamos a preparar as terras e esperamos já ter alguma produção na próxima colheita", afirmou hoje à Lusa José Cerqueira, coordenador do projecto. O denominado projecto "Aldeia Nova", que abrange uma área de 22 quilómetros quadrados no município do Wacu Kungo, foi lançado em Dezembro pelo ministro angolano das Obras Públicas, Higino Carneiro. O financiamento é assegurado pelo governo angolano e a execução está a cargo de uma empresa israelita. A reabilitação de antigas fazendas e a construção de um centro logístico para recolha e tratamento de toda a produção são as principais medidas previstas no projecto, que envolve cerca de 600 famílias. A antiga Bacia Leiteira da Cela, situada no actual município do Waku Kungo, no interior da província do Cuanza Sul, teve origem num grupo de emigrantes portugueses oriundos da ilha da Madeira que ali se instalaram na década de 60. "Quem baptizou com o nome de Cela foi Salazar, utilizando o nome de uma aldeia de Santa Comba Dão, onde nasceu", salientou José Cerqueira. O nome "Cela" deixou de existir depois da independência angolana, passando o município a ser designado como Waku Kungo, numa homenagem a duas personagens da tradição local. "A vila está cercada por duas montanhas que, segundo uma lenda local, são os gémeos Waku e Kungo", explicou José Cerqueira. Segundo o coordenador do projecto de recuperação daquela bacia leiteira, os emigrantes madeirenses escolheram a região da Cela porque "a paisagem e o clima fazia-lhes lembrar a Madeira". "Nos primeiros anos, os resultados foram decepcionantes, mas os portugueses continuaram a investir numa agricultura mais intensiva e na pecuária e os resultados acabaram por aparecer", frisou. A Bacia Leiteira da Cela chegou a produzir quatro milhões de litros de leite por ano durante a época colonial, atingindo também níveis elevados de produção de derivados do leite, de carne e até de flores "Era uma produção espectacular", admitiu José Cerqueira, não escondendo que o objectivo do projecto de recuperação da antiga bacia leiteira é atingir os mesmos valores de produção. Para isso, o coordenador do projecto salientou, no entanto, a necessidade de serem reabilitadas as estradas e as pontes, de forma a facilitar os acessos e o consequente escoamento dos produtos. "Este é um projecto muito interessante e, com o clima de paz que vivemos actualmente, é possível alcançar resultados que permitam impulsionar o desenvolvimento da região", afirmou José Cerqueira, salientando que o projecto vai criar, numa primeira fase, cerca de 500 postos de trabalho directos. Nesta fase, que vai decorrer até 2006, além da preparação das terras para cultivo, está também em curso a recuperação de infra-estruturas deixadas pelos portugueses, especialmente os 15 canais de irrigação que permitem distribuir a água por todo o perímetro da bacia leiteira. Os animais que vão repovoar aquela zona são provenientes de Israel e, segundo as estimativas dos promotores do projecto, deverão estar a produzir dentro de alguns anos os mesmos quatro milhões de litros de leite anuais que a região atingiu na época colonial. As 600 fazendas envolvidas no projecto deverão ainda produzir anualmente três mil toneladas de frango, mil toneladas de carne do porco, 280 toneladas de carne bovina e mais de 22 milhões de ovos.
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