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– 15-03-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Alqueva: Tr�s munic�pios contra proposta que limita aproveitamento agr�colaBeja, 14 Mar Depois de analisada a proposta do Governo, que esteve em consulta pública até � última sexta-feira, os presidentes dos tr�s munic�pios da Margem Esquerda do Guadiana assumiram hoje uma posi��o conjunta de "frontal desacordo". O Plano Sectorial da Rede Natura 2000, cujas propostas e orienta��es teráo de ser, obrigatoriamente, transferidas para os Planos Directores Municipais, irá ter, segundo os autarcas, uma "influ�ncia determinante" no dia a dia das popula��es e no processo de desenvolvimento de vastas áreas da Margem Esquerda do Guadiana. Num comunicado enviado � agência Lusa, os autarcas consideram que a proposta governamental "cont�m um conjunto de orienta��es para a interven��o no espaço rural que, a serem aprovadas, iráo limitar o acesso � �gua para fins agr�colas". A proposta do Governo para o Plano Sectorial da Rede Natura 2000 "introduz uma impossibilidade real de aproveitar, por exemplo, a �gua da Barragem de Alqueva para modernizar a agricultura da regi�o, inviabilizando a criação de riqueza e de postos de trabalho", argumentam. Segundo os autarcas, a proposta "continua a apostar na manuten��o de um modelo de explora��o agr�cola que �, em grande parte, respons�vel pela situa��o de profunda crise, econ�mica e social, que afecta toda a regi�o da Margem Esquerda do Guadiana". A proposta "estimula a manuten��o das culturas extensivas de sequeiro e inviabiliza o cultivo de olivais, vinhas e pomares, impedindo a reconversão da agricultura da regi�o", acrescentam. Os autarcas dizem ainda que a aprova��o da actual proposta de Plano Sectorial da Rede Natura 2000 irá contribuir para a "manuten��o ou agravamento" do processo de desertifica��o e abandono dos espaços rurais, numa regi�o que j� apresenta "valores preocupantes de baixa densidade e envelhecimento populacional". "Ser�o completamente goradas todas as expectativas que as popula��es alimentaram quanto � criação de postos de trabalho a partir da reconversão da nossa agricultura", defendem os autarcas, lembrando que a regi�o apresenta uma das m ais elevadas taxas de desemprego do país. Os autarcas manifestam o seu "frontal desacordo" com a proposta e rejeitam que "as respectivas popula��es continuem votadas ao esquecimento e ao abando no, desta vez, por via administrativa de um plano". Esse plano, afirmam, "em vez de assegurar a sustentabilidade do desenvolvimento ecol�gico, econ�mico e social das áreas em que se aplica, s� poder� assegurar o crúnico subdesenvolvimento da regi�o e a sua desertifica��o humana".
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