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– 07-06-2005 |
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Alqueva: Investigador espanhol alerta para poss�vel extin��o especies de peixes�vora, 06 Jun A notícia do di�rio de Badajoz surge na sequ�ncia das conclus�es de dois livros publicados pelos serviços de Agricultura e Meio Ambiente da Junta da Extremadura sobre as especies protegidas de fauna e flora daquela regi�o espanhola. Citando Juan Pablo Prieto, um dos coordenadores do estudo, publicado em dois volumes, o "Hoy" titula que a Barragem de Alqueva, cuja albufeira está em processo de enchimento, "vai acabar com algumas especies de peixes na Extremadura". A barragem, com um coroamento (pared�o) de quase cem metros de altura, vai tornar "imposs�vel" que as tr�s especies de peixes "subam o curso dos rios", quer do Guadiana quer dos afluentes, para a desova, diz o jornal. "A lampreia, a enguia e o s�vel não poder�o superar esse muro de cem metros", real�a o jornal, garantindo que a "dupla vida" dessas especies, "no mar como habitat natural e no rio para a reprodu��o e desova", será interrompida. além disso, Juan Pablo Prieto alega que ainda se considerou a hip�tese de construir, junto ao pared�o de Alqueva, uma esp�cie de passagem com degraus para permitir aos peixes ultrapassar o desnível.. "Quando foi feito o estudo de impacto ambiental, a Junta alegou esse aspecto e o perigo que representava para as especies migratérias, mas o tremendo custo que a passagem implicaria descartou a sua constru��o", afirma Juan Pablo Prieto. Contactado hoje pela agência Lusa, para reagir �s conclus�es deste estudo, Jos� Paulo Martins, da Quercus, garantiu que a hip�tese de extin��o das tr�s especies "não � nada para que os ambientalistas portugueses não tivessem j� alertado". "Se não existem passagens para peixes no pared�o, as especies não sobem o rio e acabam por não conseguir chegar aos locais de desova. � um dos impactos grandes da constru��o de qualquer barragem", explicou. Contudo, por não possuir elementos concretos sobre os locais de desova habituais dessas especies na bacia do Guadiana, o ambientalista escusou-se a calcular o risco de extin��o a montante de Alqueva. "O esturj�o, por exemplo, j� terá desaparecido do Guadiana h� bastante tempo, porque a última vez que foi avistado remonta a 1975. Quanto a estas especies, � previs�vel que sofram impactos, embora o Pulo do Lobo (desfiladeiro do rio a jusante da barragem, na zona de M�rtola) j� fosse um obst�culo natural", frisou. O porta-voz da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA), Carlos Silva, assegurou que, "em tempo oportuno", foram "identificados todos os impactos" causados pela constru��o da barragem. além disso, sublinhou, foram desenvolvidos os "necess�rios estudos de minimiza��o e monitoriza��o ambientais, que inclu�ram as especies migratérias de peixes". Um desses estudos, denominado "Monitoriza��o de Peixes Migradores no Rio Guadiana" e conclu�do em Dezembro passado, foi coordenado por Jo�o Bernardo, do Departamento de Ecologia da Universidade de �vora. "Relativamente ao efeito de barreira, a barragem de Alqueva não constitui para os peixes migradores di�dromos a amea�a que a sua dimensão poderia fazer crer", desdramatiza o documento, consultado pela Lusa na p�gina da Internet da EDIA. O Pulo do Lobo, que "s� em situa��es excepcionais (como grandes cheias do rio) � potencialmente transponível. por indiv�duos de algumas especies, designadamente o s�vel", � apontado como "o verdadeiro obst�culo" para esses peixes. "Considera-se, pois, que o impacto directo como barramento das barragens de Alqueva e de Pedrog�o nos migradores � reduzido", pode ler-se. Ainda assim, os autores real�am que, quando Alqueva iniciar os aproveitamentos hidr�ulicos destinados ao abastecimento público e � rega, tal como em outras barragens, tal implicar� uma redu��o de caudal que vai diminuir o "nível. de entrada" dos migradores "no estu�rio e no rio". S�vel, lampreia marinha, savelha e enguia são as quatro especies de peixes di�dromos actualmente existentes no Guadiana, embora esta última, ao contrário das restantes, viva nos rios e reproduza-se no mar, comungando todas o facto das suas popula��es estarem em acentuada regressão.
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