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– 14-12-2012 |
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Alimenta��o deve ter abordagem integrada e evitar "guerras estáreis" entre áreas
O investigador Jos� Lima Santos defendeu esta quinta-feira que a questáo alimentar deve ser tratada de forma integrada, com a Saúde, agricultura, ambiente e tecnologia pois, perante o desafio de alimentar milhões de pessoas, "não pode haver guerras estáreis". O comissário do ciclo de Confer�ncias sobre o Futuro da Alimenta��o, falou � agência Lusa sobre as conclus�es dos v�rios encontros que reuniram especialistas de diferentes áreas. Estudiosos do ambiente, agricultura, economia, nutri��o ou consumidor juntaram-se num di�logo interdisciplinar para "alargar a visão dos problemas e encontrar novas perspectivas de análise" numa altura em que a fome atinge milhões de pessoas em todo o mundo, os recursos são cada vez mais escassos e as altera��es clim�ticas trazem novas preocupa��es de adapta��o. "Qualquer solu��o que não pense em conjunto os quatro objectivos, Saúde, sustentabilidade ambiental, equidade (relacionada com o problema da fome) e criação de emprego será uma solu��o desequilibrada. Os problemas t�m de ser olhados nesta multiplicidade", alertou Jos� Lima Santos, professor do Instituto Superior de Agronomia. Lima Santos lembrou que estáo em causa problemas "mais urgentes, mais próximos da porta e que t�m menos a ver com tecnologias ou com o futuro e t�m mais a ver com a crise". Por isso, prop�e "uma abordagem integradora de v�rios saberes interdisciplinares focada na alimenta��o", disse Lima Santos, defendendo que, em Portugal, "não h� uma pol�tica integrada" e as decis�es são muitas vezes tomadas privilegiando um dos aspectos. Face aos desafios do futuro, "não podemos continuar a confrontar-nos em guerras estáreis como a que op�e as novas tecnologias e biotecnologias � agricultura biol�gica", considerou. A primeira ideia difundida � "produzir mais com menos, o que tem a ver com tecnologia", ou seja, obter mais alimentos com menos recursos naturais e um clima mais desfavor�vel e, para o especialista, "tudo pode ajudar", das descobertas da agricultura biol�gica, �s pr�ticas tradicionais, � gen�tica ou a padr�es alimentares como o mediterrúnico, desde que seja de uma forma "ordenada". Por�m, Lima Santos não deixa de alertar que "isto não vai l� s� com tecnologia porque as op��es de consumo são absolutamente decisivas", real�ando o papel de cada consumidor. Uma das conclus�es das confer�ncias salienta a necessidade de repensar os padr�es do consumo e combater o desperd�cio alimentar, nas várias fases, desde a produ��o agr�cola, transporte e distribui��o até � utiliza��o pelas fam�lias. "Neste momento, em Portugal, h� um n�mero muito consider�vel de pessoas, dif�cil de estimar, que, provavelmente por raz�es de ordem econ�mica, não t�m acesso a alimentos suficientes", disse, referindo uma estimativa que aponta para entre um quarto e um quinto da popula��o a ser afectada e "neste problema urgente a questáo principal � de protec��o social". Fonte: Lusa
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