Rui Martinho falou, em entrevista ao Sul Informação, sobre as principais questões discutidas nesta sua deslocação
O secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural esteve de visita ao Algarve no dia 18, para conhecer de perto alguns investimentos e reunir-se com diversas entidades. O Sul Informação, que acompanhou a parte inicial da visita, entrevistou Rui Martinho a meio da manhã, sobre as razões desta visita.
Durante a manhã, o secretário de Estado visitou a Adega do Cantor Sociedade de Vitivinicultura, Lda,no concelho de Albufeira, e o pomar e a central da Frutas Tereso, na zona de Algoz (Silves). Também durante a manhã, já em Silves, reuniu-se com a Associação de Regantes e Beneficiários de Silves, Lagoa e Portimão, bem como com dirigentes da AlgarOrange, Associação de Operadores de Citrinos do Algarve.
À tarde e após reunião com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, na sede deste organismo, o secretário de Estado visitou a Organização de Produtores Madrefruta, em Pechão (Olhão).
Sul Informação – Quais os objetivos desta visita ao Algarve?
Rui Martinho – Tem dois objetivos. Por um lado, saber o que se anda a fazer em cada uma das regiões e, também, tomar conhecimento dos problemas com que a atividade agrícola e os operadores económicos se confrontam no seu dia a dia, e, nomeadamente agora, no âmbito da preparação do Plano Específico para o Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa, encontrar formas de ter respostas que permitam resolver ou ajudar a resolver esses problemas.
Mas a visita destinou-se também a valorizar aquilo que de extraordinário se tem feito em todas as regiões do país.
Estamos hoje aqui no Algarve, mas iremos a todas as regiões do país para contactar com a realidade agricultura, com os empresários, com os agricultores e com os problemas com que eles se confrontam.
Sul Informação: Quais são os principais problemas já identificados?
Rui Martinho – Há problemas que são comuns a todos os setores, nomeadamente a toda a região do Algarve, como a questão da água, da gestão da água, da disponibilidade de água, da utilização eficiente da água. Há outros problemas, como a descida da disponibilidade de mão obra para a realização dos trabalhos agrícolas.
Estamos agora a sair das Frutas Tereso e estamos muito debruçados sobre os problemas que afetam o setor da laranja, nomeadamente um conjunto de pragas que têm um relevo muito grande na produção, nomeadamente a mosca da fruta, mas também outras pragas mais recentes, como é o caso da trioza.
Estamos a fazer este contacto com as empresas para percebermos, junto com elas, o que se pode fazer. Já sabíamos que os problemas existiam, mas este diálogo é importante para avaliarmos, em conjunto, de que forma nos conseguimos organizar e como poderemos dar resposta a este problema.
O objetivo é conseguirmos juntar esforços entre a administração central e os produtores, contando com o apoio financeiro dos instrumentos que estamos a preparar.
SI –A seguir vai ter uma reunião com a associação de regantes. Qual é a agenda dessa reunião?
RM – Um dos grandes problemas do Algarve, como já referi, é a questão da disponibilidade da água. A reunião servirá para ver com eles o que é que se pode fazer, quais são os projetos que estão em curso, como é que estão as obras que estão a decorrer e ver também como é que podemos perspetivar a continuação desse plano de investimentos.
Trata-se de um plano de investimentos que é ambicioso, não só no Algarve, mas no país inteiro, mas que é absolutamente crucial para o desenvolvimento da atividade agrícola e para a sua competitividade.
SI – Foi anunciado, esta semana, um novo pacote de apoios que também tem a ver com obras de melhoramento nas redes de regadio já existentes, nas barragens, etc. Aqui no Algarve, também vai falar sobre isso?
RM – Vamos falar sobre todos os assuntos. Esse […]