Para quem não queira meter-se em complicações e não fazer má figura, basta ter um copo de tamanho médio e com bom equilíbrio entre a base, o pé e o corpo em forma de tulipa.
A questão da forma e do tamanho do copo é sempre um dos temas mais debatidos nas provas entre amigos. Então, o copo é que conta? Se o vinho é bom, não há-de saber sempre ao mesmo? As dúvidas parecem fazer todo o sentido, mas a verdade é que percepcionamos mesmo os vinhos de maneira diferente consoante o tipo de copo. E, por vezes, as diferenças são mesmo substanciais, daí que para tirar dúvidas nada como dois ou três exercícios simples que podem fazer luz sobre as ideias dos mais renitentes.
Pegue-se numa garrafa e, sem que o provador veja, sirva-se o vinho em três copos diferentes. Um raso e corpo uniforme, ou seja, a mesma abertura na base e no topo; outro com pé e corpo em forma de “V”, daqueles que encontramos nos restaurantes vulgares; e um terceiro com pé e taça que se alarga até à zona intermédia e vai fechando até ao topo, em forma de tulipa.
É seguro que o provador, seja ele perito ou pouco experimentado, vai tecer diferentes considerações que o levam a concluir tratar-se de três vinhos diferentes. Provavelmente o que mais apreciará é o do terceiro copo, em forma de tulipa, mas aqui a coisa já pode depender um pouco do gosto pessoal e do nível de conhecimento.
Mesmo confrontado com o resultado, pode ainda não acreditar, pensar tratar-se de brincadeira e ter sido enganado. O melhor é, então, abrir […]