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– 10-12-2004 |
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UE / Pescas : Armadores algarvios revoltados com medidas aprovadas em BruxelasFaro, 09 Dez As medidas aprovadas por Bruxelas para 2005 prev�em uma redu��o dos actuais 28 para 20 dias de faina dos pescadores portugueses que capturam lagostim e pescada, o que afectar� até tr�s mil embarca��es. A proposta, que será ainda discutida pelos ministros das Pescas a 21 e 22 de Dezembro, prev� Também o estabelecimento de duas zonas – ao largo do Algarve e de Sines – de interdi��o total � pesca de arrasto, para proteger o lagostim, bem como entre as 100 e 200 milhas nos A�ores e Madeira. Quanto �s quotas de pesca para 2005, Bruxelas sugere uma redu��o de 10 por cento na captura do lagostim, 19 por cento do carapau, 20 por cento do linguado, biqueiráo e tamboril e 23 por cento da sarda. Em declarações � Agência Lusa, o presidente da Associa��o dos Armadores do Guadiana, Rui Vairinhos, criticou a proibição da pesca de arrasto no Algarve e acusou o governo de "desprezar" o sector. Segundo aquele respons�vel, a solu��o mais vi�vel seria promover uma paralisa��o tempor�ria – medida que diz j� ter sido sugerida por aquela associa��o -, mas nunca uma interdi��o total. "H� mais de dez anos que andamos a reivindicar que se fa�am paralisa��es tempor�rias e nunca nenhum governo nos deu ouvidos e agora espetam-nos este punhal nas costas", critica. Segundo Rui Vairinhos, a decisão da Comissão Europeia afectar� centenas de profissionais que trabalham nos 30 arrast�es registados no Algarve, bem como as empresas com actividade ligada ao sector. "Esta decisão vai aniquilar a pesca de arrasto de crust�ceos", disse, acrescentando que vedar o Algarve � pesca de arrasto "� o mesmo que mandar os pescadores para o desemprego". Por seu turno, o presidente da Associa��o dos Armadores de Pesca Artesanal do Barlavento Algarvio, Ant�nio Teixeira, mostrou-se revoltado com a redu��o dos dias de faina para 2005 e culpou o Governo de "não fazer nada". Em declarações � Agência Lusa, Ant�nio Teixeira afirmou que os pescadores v�o exigir um subs�dio para compensar a redu��o dos dias de faina, embora a Comissão Europeia j� tenha anunciado que não está prevista qualquer compensa��o. "Vamos exigir uma compensa��o financeira para os dias de pesca que nos estáo a tirar, porque não somos n�s, que nos dedicamos � pesca artesanal, que temos que pagar pela reposi��o do stock da pescada", afirmou. Segundo Ant�nio Teixeira, � injusto que os pescadores portugueses, "que protegem os recursos h� mais de dez anos" – altura em que foi implementado o chamado período de defeso, altura em que a pesca de determinada esp�cie está interdita – sejam dos mais prejudicados com esta decisão. "Fomos os meninos bonitos da União Europeia quando se tratou de abater barcos e agora somos n�s que vamos deixar de existir como pot�ncia de pesca", lamenta. De acordo com o comissário das Pescas, o malt�s Joe Borg, não está prevista qualquer compensa��o financeira para este caso, existindo apenas uma verba no ambito do Fundo Europeu para as Pescas para as zonas mais vulner�veis e pobres, que se aplica em situa��o de proibição de pesca tempor�ria e não permanente.
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