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– 03-06-2012 |
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Sector das Pescas exportou 770 milhões de Euros em 2011
Uma vintena de empresas do sector das pescas de Portugal participou na grande Feira Europeia/Mundial do Pescado, a �Seafood� de Bruxelas, que decorreu entre 24 e 27 de Abril. Essas e muitas outras empresas do sector t�m como denominador comum uma crescente preocupa��o com os mercados externos e são co-respons�veis por um recente aumento espectacular das exporta��es, com valores que atingiram os 770 milhões de euros em 2011, duas vezes e meia os cerca de 300 milhões registados uma d�cada antes, em 2001. Outrora caracterizadas pelo forte peso das conservas de peixe, pode afirmar-se que na última d�cada as exporta��es de produtos da pesca diversificaram-se sobremaneira, representando ainda as conservas 21% do total exportado em 2011 (161 milhões de euros que se comparam com os 65 milhões de 2001), mas tendo entretanto ganho preponder�ncia outros produtos do sector, que registaram um dinamismo que foi ainda mais pronunciado que o registado nas conservas de pescado nos �ltimos anos. Assim, as exporta��es de pescado vivo e fresco atingiu 130 milhões de euros no �ltimo ano, incluindo-se a� algum do peixe de maior qualidade e frescura capturado nas �guas nacionais mas Também peixes e bivalves da nossa aquicultura, tendo os filetes e demais congelados de peixe atingido os 180 milhões, enquanto os crust�ceos e moluscos, que t�m vindo a assumir a maior parcela nas nossas exporta��es, com 230 milhões em 2011, dos quais quase 100 milhões de polvos diversos, sem esquecer naturalmente o bacalhau salgado que � expedido para o Brasil e Angola e, em geral, para as mais diversas comunidades portuguesas espalhadas pelo Mundo, com valores da ordem dos 60/70 milhões de euros. Estes valores de exportação de produtos da pesca j� representam quase o dobro do Valor Acrescentado Bruto (PIB) sectorial, cerca de 15% das exporta��es de produtos agro alimentares e quase 2% das exporta��es nacionais de mercadorias. Num sector em que a produ��o prim�ria (capturas) t�m registado alguma tend�ncia para a estabiliza��o nos anos mais recentes, ap�s terem ca�do para cerca de metade nas duas d�cadas que se seguiram � adesão � CEE, onde o abate da frota pesqueira chegou a ser a parcela principal dos investimentos estruturais realizados, beneficiando de substanciais apoios financeiros comunitários, � importante assinalar este t�o recente quanto forte dinamismo e capacidade de adapta��o �s novas condi��es do mercado por parte de um elevado n�mero de empresas deste sector. Sejam elas as mais vocacionadas para as capturas, que posteriormente reencaminham parte das mesmas para a exportação, sejam ind�strias de processamento de pescado ou meras empresas comerciais, que se v�m modernizando e refor�ando as respectivas compet�ncias e a sua capacidade de resistir num mercado cada vez mais globalizado, trazendo para o país valor acrescentado numa área em que dispomos duma tradi��o associada a uma vasta frente mar�tima e a um elevado consumo destes produtos, em que somos os terceiros a nível. mundial, depois do Jap�o e da Isl�ndia, com valores próximos dos 60Kg �per capita�, que se comparam com uma média de 23Kg no conjunto da UE. A situa��o descrita vem tornar ainda mais evidentes as potencialidades exportadoras do sector das pescas nacionais, seja a partir de produ��es que t�m tido por base o sempre desej�vel (e priorit�rio) aproveitamento e processamento do pescado capturado pelas embarca��es nacionais, como acontece nas conservas de sardinha, atuns e cavala, cujas exporta��es registaram uma recupera��o de 15% em 2010, mas Também em boa parte do pescado exportado sob a forma de congelado, desde a sardinha e o polvo, de �guas nacionais, até aos cantarilhos, palmetas, raias, etc., capturados em �guas distantes pelas nossas embarca��es da pesca long�nqua, mas Também outros fluxos de exportação ainda que baseados na transforma��o interna e na comercializa��o de matérias-primas importadas, como acontece com diverso pescado congelado e com o bacalhau. não será este um caso singular, em que parte das actividades de processamento industrial nacional t�m de ser baseadas, em parte, em matéria-prima importada, que venha complementar a produ��o nacional. De facto, a produ��o de autom�veis, pasta de papel, de cal�ado e de vestu�rio são disso exemplos por demais elucidativos no contexto da economia nacional. Aproveitando a tradi��o e as compet�ncias que nos caracterizam neste sector produtivo, onde somos um tradicional país mar�timo com consumidores de pescado de refer�ncia, o recurso ao aproveitamento de matérias-primas importadas, que venha complementar e permita suprir certas car�ncias em matéria-prima nacional, tem vindo a permitir estruturar e consolidar um importante sector de transforma��o de pescado e dinamizar empresas comerciais, que se desejam cada vez mais s�lidas, capazes de ombrear com outras empresas multinacionais concorrentes na sua busca em alargar a sua base de clientes, seja no ainda importante mercado interno seja nos cada vez mais exigentes mercados internacionais. A Fileira do Pescado, para além do valor e da qualidade intr�nsecas da sua produ��o e contributo que empresta ao desenvolvimento e consolida��o do Cluster do Mar, � sustent�culo da coesão social, de valores culturais e de saberes que misturam tradi��o e Inovação, que o Pa�s deve preservar. � nesse contexto que se reconhece que Portugal tem o melhor Peixe do Mundo, sendo dos países que reconhecidamente faz uma gestáo mais sustent�vel dos seus recursos pesqueiros. Fonte: Fileira do Pescado
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