Há, claramente, medidas preventivas que não podem ser descuradas para a mitigação das secas em qualquer região, quer seja por modificação ou intensificação de políticas estratégicas ou pela implementação de novas medidas que assegurem a correta gestão dos nossos recursos hídricos e a sua monitorização respetiva.
Portugal, dizem os especialistas, está em seca meteorológica desde o fim do ano anterior, tendo-se agravado em janeiro e com uma grande parte do país em situação de seca moderada a severa. E a “culpa” remete-se no imediato, e invariavelmente, para a condição geográfica continental, tantas vezes sujeita às influências do posicionamento do anticiclone do Atlântico Norte. E se estas situações (de seca) nos têm assolado frequente e regularmente nas últimas décadas, a verdade é que, a cada “escalada”, as consequências económicas para a agricultura e pecuária (com redução progressiva das culturas e produção), para a indústria hidroelétrica e para o bem-estar social são alarmantes, e assustadoras.
Por estes dias, têm sido evidentes quer a precipitação muito inferior ao que seria normal quer as temperaturas (sobretudo as máximas) acima do que seria normal para esta estação. Os resultados da estiagem estão à vista um pouco por todo o país: baixa humidade dos solos e “evapotranspiração” hídrica, e nem mesmo a precipitação que ocorreu recentemente em alguns pontos do país foi capaz de nos tranquilizar. E […]
Sílvia Vasconcelos, Médica Veterinária, MSc e PhD Ciências Veterinárias