A barragem do Alqueva, no Alentejo, já recuperou toda a água fornecida este ano para abastecimento público, agricultura e indústria, tendo encaixado mais de 600 milhões de metros cúbicos (m3), revelou hoje a empresa gestora.
A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) indicou hoje, na sua página na rede social Facebook, que se registou “uma subida do nível da água na albufeira de perto de 3,5 metros” desde o passado dia 01 de dezembro até hoje.
O Alqueva aproxima-se, assim, “da cota 148 [metros} com principal relevância para os últimos sete dias”, acrescentou a EDIA.
A albufeira “já encaixou mais de 600 milhões de metros cúbicos, encontrando-se agora com cerca de 3.180 milhões de m3 de água armazenados”, que correspondem a “76,75% da sua capacidade máxima”, referiu a empresa.
Fonte da EDIA disse à Lusa que este encaixe significa que “o Alqueva já recuperou toda a água que forneceu em 2022 para os setores da agricultura e da indústria e também para o abastecimento público”.
A página de Internet do sistema de monitorização espanhol da bacia do rio Guadiana, consultado pela agência Lusa, indicava que, às 18:40 de hoje, estavam a passar à volta de 1.133 m3 de água por segundo pelo açude de Badajoz, em Espanha, e a entrar na albufeira do Alqueva.
A EDIA lembrou hoje que o Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva foi projetado para, regularizando o caudal do rio Guadiana, criar uma reserva estratégica de água que permitisse assegurar a sua distribuição durante os períodos de seca prolongados.
Na sua capacidade total de armazenamento, de 4.150 milhões de m3, à cota de 152 metros, o Alqueva abrange uma área de 250 quilómetros quadrados e mais de 1.100 quilómetros de margens.
Há 20 anos, em 08 de fevereiro de 2002, fecharam-se as comportas da barragem e começou o enchimento da albufeira do Alqueva, que já atingiu o pleno armazenamento por quatro vezes, efetuando também algumas vezes descargas controladas.