No Dia Internacional das Florestas, é tempo de alertar para a necessidade de preservar a “floresta” de sequeiro mediterrânica, criando rotas turísticas e produtos de valor acrescentado.
O rio Tejo pode ser considerado uma linha de separação entre duas áreas de diferente relevo, o Norte e o Sul, originando paisagens muito distintas. As condições climáticas dos últimos anos acentuam ainda mais esta diferença, aumentando a aridez e a desertificação das grandes plataformas alentejanas. A seca e o calor do suão que sempre assolaram o Alentejo estão a intensificar-se e os modelos climáticos preditivos apontam para uma acentuada desertificação, como corolário das alterações climáticas que afectam todo o planeta.
De acordo com a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), o que se aconselha é a neutralidade na degradação da terra, através da hierarquização, evitar, reduzir e reverter, ou seja, evitar e reduzir más práticas de utilização do solo, e regenerar os já degradados. A gestão agrícola e florestal deve ter como prioridade o aumento dos teores de matéria orgânica do solo e a preservação de um coberto vegetal resiliente e adaptado, por forma a mitigar o índice de desertificação que se verifica a sul de Portugal.
De acordo com os objectivos centrais da acção governamental, a sociedade terá de ser neutra em carbono, o que pressupõe uma redução célere das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e um aumento da capacidade de sequestro de carbono. Assim, surge a proposta do mercado voluntário de carbono, que incentiva […]