O relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que analisa os dados entre 1 de janeiro e 15 de agosto, mostra que foram registados 6085 incêndios rurais, sendo que destes foram investigados 4604.
Quarenta e oito por cento dos incêndios de 2023 tiveram origem em queimas e queimadas. Até ao dia de hoje, já arderam 27.953 hectares.
O relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que analisa os dados entre 1 de janeiro e 15 de agosto, mostra que foram registados 6085 incêndios rurais, sendo que destes foram investigados 4604, tendo sido atribuída uma causa a 3291 incêndios. Destes, quase 3300 incêndios, enquanto 22% tiveram origem em fogo posto e 48% em queimas e queimadas.
Desde o inicio do ano, em Portugal, já arderam 27.953 hectares em espaços rurais.
Queimadas proibidas até 30 de julho
Desde 1 de julho e até 30 de setembro, a realização deste tipo de fogo controlado está proibida, visto que esta é considerada a fase mais crítica. O número de licenças pedidas ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas está a aumentar desde 2019.
Se há quatro anos foram registados mais de 500.000 pedidos de licença, a partir de 2021 o número de pedidos supera sempre o milhão. Este ano já foram pedidos 768.000 licenças, sendo que destas 8% foram rejeitadas, ou seja perto de 61.000.
Sempre que uma queimada é autorizada pelas Câmaras Municipais, a fiscalização fica a cargo da GNR e dos bombeiros.
“Portugal é o país onde mais se sente o impacto das alterações climática”
José Carlos Pimenta Machado, vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, disse mesmo, numa conferência em Macau, que Portugal é o país da Europa onde se sente o maior impacto das alterações climáticas.
Explicou que o aumento da temperatura da água, os incêndios, a chuva mais concentrada e os longos períodos de seca são os principais sinais do impacto das alterações climáticas no país.