Face ao acentuado decréscimo das cotações dos cereais no mercado mundial, o sector cerealífero nacional vive um período de grande incerteza quanto ao seu futuro.
A entrada em vigor do PEPAC constituiu uma esperança de que a Política Agrícola Comum pudesse dar um apoio a esta fileira, tão exposta à conjuntura do mercado internacional.
De entre as diversas medidas previstas, a Produção Integrada, pela sua importância na valorização de um método de produção mais amigo do ambiente, tornou-se uma prioridade para os produtores nacionais de cereais.
Foi, assim, com surpresa e estupefacção que na semana passada o setor foi confrontado com um corte de 25% na medida Produção Integrada e de 35% na Agricultura Biológica, por falta de uma correta estimativa das áreas que iam ser candidatadas, por parte do Ministério da Agricultura, ignorando grande parte dos contributos prestados em devida hora pelo sector.
Perante esta realidade, que penaliza muito seriamente os produtores nacionais de cereais, as Direções da ANPROMIS, da ANPOC e da AOP apelam ao Governo que corrija este erro e que, tal como ocorreu no passado, reforce de imediato o orçamento previsto para este ano no PEPAC, de forma a honrar os compromissos estabelecidos com os agricultores portugueses.
Fonte: ANPROMIS, ANPOC e AOP