Mais de 60% de Portugal continental estava em situação de seca extrema no final de Fevereiro. Agora, as chuvas de Março permitiram que as barragens armazenassem mais água e que já não haja zonas em seca extrema – mas a seca continua a ser um problema em quase todo o território.
As chuvas de Março permitiram que Portugal deixasse de ter grande parte do território em seca extrema. Agora, a precipitação permitiu recuperar os níveis de muitas albufeiras e há apenas 16% do território em seca severa, segundo os dados avançados pelo vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado. A informação foi revelada após uma reunião do grupo de trabalho da Comissão Permanente da Seca, em que se avaliou a situação meteorológica e o armazenamento das barragens.
O país tem ainda a maior parte do seu território em seca moderada (82%) e 2% em situação de seca fraca. As chuvas de Março estiveram acima da média, “com uma particularidade: choveu mais no Sul do que no Norte”, indica o vice-presidente da APA.
Certo é que “a seca continua a ser um problema”, diz ao PÚBLICO José Pimenta Machado. “É verdade que as chuvas de Março nos dão uma maior tranquilidade e é uma boa notícia, mas aquilo que o futuro nos reserva é que vamos ter menos água” – ainda mais num cenário em que as alterações climáticas estão em jogo.
Por isso, há que “nos adaptarmos a esta nova realidade”: é preciso “ser mais eficientes”, é preciso poupar água, reduzir perdas em sistemas urbanos e em sistemas de rega agrícola. O vice-presidente da APA […]