A Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha-a-Nova (ARBI) lançou dois concursos públicos internacionais para a elaboração do projeto de modernização do perímetro de rega da campina, cujas perdas de água rondam os 60%.
“O projeto hidroagrícola de Idanha foi o primeiro a ser construído pelo Estado Novo, no âmbito dos projetos hidroagrícolas que pensou para o país. Por isso, o sistema de distribuição da água está obsoleto e hoje, até devido às alterações climáticas e por sermos uma biorregião, consideramos fulcral aproveitar bem a água e reduzir as perdas no sistema, que rondam os 60%”, referiu o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, em comunicado enviado hoje à agência Lusa.
O autarca sublinhou ainda que o município pretende apoiar a ARBI no seu objetivo de proceder à revisão do Plano de Ordenamento da Barragem Marechal Carmona e reabilitação do perímetro de rega da campina de Idanha-a-Nova.
“Estamos disponíveis para apoiar os projetos que a associação de regantes está a desenvolver no sentido da reabilitação do perímetro de rega da campina de Idanha, tornando-o mais moderno, tecnológico e inovador”, sustentou.
Armindo Jacinto referiu ainda que “é fundamental implementar sistemas que permitam utilizar bem a água, poupar e reduzir perdas”.
Para tornar o sistema mais eficiente, a ARBI lançou dois concursos públicos internacionais, com vista à elaboração do projeto de modernização do perímetro de rega da campina de Idanha-a-Nova (zona norte e zona sul).
Trata-se de uma área de 8.300 hectares que engloba a União de Freguesias de Zebreira e Segura, Idanha-a-Nova, Ladoeiro (no concelho de Idanha-a-Nova) e a freguesia de Malpica do Tejo (no concelho de Castelo Branco).
Depois de elaborado o projeto, a ARBI pretende candidatar a obra ao novo Quadro Comunitário de Apoio e intervir em todo o perímetro.