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– 25-09-2002 |
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OMC : Diferendo Brasil / EUA no algod�o pode afectar rela��es entre os dois paísesGenebra, 23 Set Segundo Bras�lia, os subsídios aos produtores norte-americanos de algod�o causam perdas de 529 milhões de d�lares (cerca de 541 milhões de euros) por ano ao Brasil. Hoje, o enviado especial dos EUA para as negocia��es agr�colas na OMC, Jim Grueff, do Departamento de Agricultura, disse � agência Lusa que isso pode até afectar a "rela��o" dos dois países na área de com�rcio. "O Brasil escolheu um momento muito, muito mau para levantar esta questáo. Se tivermos que lidar com isso [uma disputa com o Brasil], vai desviar o foco, recursos e afectar a rela��o. Nada disso pode ser positivo", queixou-se Grueff. Representantes de várias capitais desembarcaram esta semana em Genebra para tentar desbloquear as negocia��es agr�colas da Ronda de Doha. Grueff disse que o momento que o Brasil escolheu para entrar numa disputa contra os EUA na questáo do algod�o � mau porque os países estáo "a entrar num estágio cr�tico das negocia��es agr�colas e toda a ronda [de Doha], agora, depende de um acordo na área agr�cola". Para Grueff, o Brasil deve concentrar-se, juntamente com os americanos, nas negocia��es da OMC para possibilitar um acordo para a liberaliza��o agr�cola mundial, no final da Ronda de Doha, em 2004. O embaixador brasileiro Luiz Felipe Seixas Corr�a rebateu os coment�rios de Grueff, alertando que os americanos não devem misturar as coisas: "Uma questáo � o nosso direito (de questionar os subsídios de algod�o dos EUA), que não está sendo preservado. O outro tema � o processo negociador. não se deve misturar uma coisa com a outra", reagiu o embaixador. Ontem, os negociadores brasileiros aproveitaram a reuni�o agr�cola na OMC para comunicar Também aos representantes da União Europeia a decisão de Bras�lia de questionar formalmente os subsídios da UE ao a��car. Assim como no caso dos americanos, o Brasil deve formalizar na pr�xima semana um pedido de consultas com a União Europeia (UE). As consultas são o primeiro passo antes da abertura de um painel – isto �, de um investiga��o na OMC. Um representante europeu reagiu assim: "Vamos ver o que o Brasil vai alegar no seu pedido de consultas. Estamos � espera", afirmou. Nos bastidores, entretanto, o Brasil j� come�ou a ser abertamente pressionado pela UE. Segundo negociadores brasileiros, o advogado da UE, Jean-Jacques Bufflet, amea�ou abertamente atacar o "pr�-�lcool", por supostos subsídios ilegais, caso Bras�lia desafie o bloco na questáo do a��car. Pedro Camargo Neto, do Ministério da Agricultura, que está em Genebra, reagiu: "O pr�-�lcool está 100 por cento legal. Acho até bom que nos questionem. Pelo menos, resolvemos as d�vidas de uma vez. Resolvemos a questáo da Argentina, que inventou uma mentira [que o Brasil subsidia a��car com o pr�-�lcool], e por isso alegam que não podem integrar o a��car no Mercosul", disse. O Brasil queixa-se que a UE tornou-se o maior exportador mundial de a��car refinado (40 por cento do mercado), gra�as a pesados subsídios. A UE diz que ao questionar o regime a�ucareiro, o Brasil vai acabar a jogar contra países pobres de �frica, Caribe e Pac�fico, que exportam para o mercado europeu em termos preferenciais.
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