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– 10-11-2004 |
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Oeste : Governo preocupado com atrasos no saneamento das suiniculturasLeiria, 09 Nov No final da sessão de abertura do 2º seminário da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores, que decorre em Leiria, o secretário de Estado da Agricultura, David Geraldes, reconheceu que o Governo "está preocupado" com os atrasos do processo de saneamento das suiniculturas do Oeste. Mais concreto foi António Temes, adjunto do gabinete de David Geraldes, revelando que nos próximos dias serão agendadas "reuniões com todos os interessados" para "avaliar o problema que existe". "Tem havido alguns percalços e está na hora das decisões", afirmou António Temes, salientando que o processo de Leiria, que está a cumprir os prazos, "não pode ser prejudicado" pelos problemas existentes no Oeste. Atrasos na compra dos terrenos para as três Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e falta de conjugação de esforços dos suinicultores têm sido alguns dos problemas identificados que a tutela pretende resolver. Actualmente, o concurso público internacional para a solução técnica a implementar está a decorrer em simultâneo para Leiria e para o Oeste, mas devido aos atrasos verificados no sul do distrito o Governo admite a "separação" dos dois projectos. "Não queremos que o processo de Leiria venha a ser prejudicado", explicou o adjunto do secretário de Estado. De acordo com este responsável, os três núcleos suinícolas da região apresentam "dinâmicas diferentes" e enquanto Caldas da Rainha já formou uma empresa e já tem terrenos para instalar uma ETAR, os outros processos estão mais atrasados. Em Alcobaça, que representa 74 por cento da produção do sector no Oeste, só segunda-feira foi formalizada a aquisição do terreno para instalar a ETAR, na freguesia da Benedita, e no Cadaval, "a situação está um pouco mais atrasada", não existindo ainda terrenos para colocar uma unidade de tratamento dos efluentes. Esta situação torna-se ainda mais grave porque já existem verbas para apoiar o início das obras no Oeste, mas esses fundos, pertencentes ao actual Quadro Comunitário de Apoio (QCA) "não são eternos". No Oeste, o custo total do projecto, que vai incluir unidades de produção de electricidade a partir do biogás dos efluentes, deve atingir os 35 milhões de euros, custeados em 30 por cento pelo Estado. A fatia restante vai caber aos suinicultores e às autarquias da região que deverão criar uma holding para gerir o processo, que englobe as empresas dos suinicultores de Alcobaça, Caldas da Rainha e Cadaval, uma situação que permanece por resolver. A consolidação do projecto, em paralelo com o saneamento dos efluentes domésticos, vai permitir a despoluição da baía de São Martinho e da Lagoa de Óbidos, zonas sensíveis onde a carga orgânica destes dejectos tem causado vários prejuízos ambientais. No Oeste, estão registados 289 mil suínos, distribuídos por 619 explorações, de acordo com um levantamento que data de 2001, mas a tutela admite que esses valores estejam desactualizados. As explorações que não aderirem ao sistema só poderão continuar a laborar se tiverem modelos adequados de tratamento dos seus dejectos. Confrontado com estas críticas, Silvério Coelho, presidente da TRESAL (Tratamento de Resíduos e Efluentes Suinícolas de Alcobaça), rejeitou qualquer futuro atraso do projecto, afiançando que os empresários do sector daquele concelho "não admitem qualquer adiamento". "Os suinicultores estão a contar com este projecto que é decisivo para o futuro do sector" e "não é agora", quando "já fizemos o mais difícil, que foi constituir a empresa e comprar um terreno para a ETAR" que "vamos atrasar tudo", afirmou. Este responsável revelou ainda as dificuldades na aquisição de um terreno para instalar a ETAR, já que os proprietários se recusavam a negociar quando sabiam que era esse o destino. "Comprar terrenos para fazer uma fábrica de perfumes é uma coisa fácil mas um ETAR é muito mais difícil e mais caro", explicou, salientando que o custo do investimento atingiu os 250 mil euros.
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