CAP diz que desde 2019 nenhuma nova licença para habitação para trabalhadores temporários foi licenciada pelas autoridades. Empresas agrícolas foram excluídas do grupo de trabalho.
A Confederação de Agricultores de Portugal (CAP) aponta o dedo à inação do Estado pela situação de sobrelotação que estão a viver os trabalhadores agrícolas no concelho de Odemira que viu duas freguesias a serem colocadas em cerca sanitária para conter a pandemia. “Os trabalhadores agrícolas que vivem em situação de sobrelotação são vítimas de poderes públicos que estando a par dos problemas pouco ou nada fizeram para os resolver”, acusou Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP, numa conferência de imprensa.
“Os agricultores estão a ser vítimas da inação do Estado, que ao longo de mais de uma década – e em particular nestes últimos dois anos – optou por fechar os olhos à chegada crescente de trabalho imigrante na zona do perímetro de rega do Mira e às suas reais necessidades, incluindo de alojamento”, refere ainda o responsável.
“Toda e qualquer situação de exploração laboral, seja de abuso, de tráfico de seres humanos, de tratamento indigno, merece firme repúdio e condenação,