Projecto Life Dunas pretende reconstituir a morfologia original do cordão dunar da praia do Porto Santo e, no processo, aprofundar conhecimento e consciencializar as populações.
São nove quilómetros de areal dourado. O cartão-de-visita do Porto Santo, que o projecto Life Dunas que tornar mais resiliente às alterações climáticas e à acção humana.
O projecto, que arrancou no final de 2020, é coordenado pela Secretaria Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, e tem como parceiro científico a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Engloba várias acções. A mais visível é a recuperação e construção dos característicos muros de croché, feitos em pedra aparelhada, que protegem as explorações agrícolas dos ventos atlânticos, e ajudam a sustentar a integridade do cordão dunar.
No local da intervenção, na zona da Calheta, no extremo Oeste do Porto Santo, já são bem visíveis os muros a proteger as vinhas rasteiras que crescem junto à areia, numa área anteriormente coberta por infestantes: canavieira, tamargueira e chorão-das-praias.
“Está concluída a primeira fase de plantação, estando estas primeiras plantas prontas para a enxertia no início de 2023”, adianta ao PÚBLICO, fonte da Secretaria Regional do Ambiente, pormenorizando que toda a área plantada está a ser cercada com muros de croché, e será depois dividida de acordo com a propriedade dos terrenos privados que estão a ser intervencionados.
As vinhas são de Caracol e Listrão, duas castas autóctones da ilha, e que nos últimos anos foram redescobertas por gente vinda de fora e que nelas viu potencial para fazer vinhos tranquilos distintos. Pela mão do produtor e enólogo António Maçanita, a transformação dessas uvas tem resultado em vinhos que estão a ser recebidos com entusiasmo pela crítica. O Listrão dos Profetas 2020 e o Listrão dos Profetas – Vinho da Corda 2020, ambos assinados por Maçanita, foram avaliados este […]