O presidente do Governo Regional visitou, numa altura de preparação para a época de maior risco de fogos florestais, os trabalhos em curso ao longo do Caminho dos Pretos, numa área que atingirá no futuro os 640 hectares, de criação de uma faixa corta-fogo, de proteção à cidade do Funchal e à sua população e seus bens.
Miguel Albuquerque salientou estarmos quase a concluir a primeira fase, que permitirá cerca de metade da área total ficar já intervencionada e que abarca terrenos privados e públicos. Um investimento, para já, na ordem dos 500 mil euros, mas que será reforçado, para a segunda fase e para trabalhos similares noutros locais do Funchal e noutros concelhos.
O líder madeirense reforçou ainda a intenção de se criar, na zona central do espaço em intervenção, espaços de recreio e lazer. Nomeadamente, anunciou, «um parque ecológico e um trecho para desportos radicais, o que dará movimento a esta área e que ajudará a evitar investimentos constantes em termos de cortes de infestantes e de manutenção».
Falando à Comunicação Social, o governante lembrou ainda que, na parte mais a montante, foi construído um depósito com 1.500 metros cúbicos e que toda aquela zona está já dotada de 25 bocas-de-incêndio.
«Foi instalada, ao longo da estrada, de 500 em 500 metros, uma rede de bocas-de-incêndio, no sentido de garantir maior segurança e uma melhor intervenção numa zona muito sensível, onde os incêndios costumam acontecer com frequência. Estão ainda em execução quase 40 quilómetros de caminhos florestais nesta zona», explicou.
Miguel Albuquerque enalteceu ainda que os eucaliptos, acácias e outras espécies infestantes foram substituídos por espécies autóctones, como as faias ou os carvalhos, ou seja, espécies com menor facilidade de combustão.
Na zona mais a oeste, foram cedidas áreas a associações desportivas e de recreio, no sentido de estas usarem os locais e assegurarem a sua manutenção.
O presidente do Governo Regional voltou ainda agradecer às empresas privadas que ajudaram neste projeto, comprando terrenos e depois oferecendo-os à Região, garantindo assim que os mesmos sejam limpos e que se pudesse criar aqui a faixa corta-fogo.
Por outro lado, os proprietários privados de terrenos naquela faixa também colaboraram, permitindo a intervenção.
O objetivo é, contudo, continuar a comprar aos privados todos os terrenos, de modo a facilitar não só a intervenção, mas, depois, também a gestão e conservação dos 640 hectares.
O governante acentuou ainda a importância de ser nesta altura de maior calmaria, antes dos fogos, que se estão a executar todos estes trabalhos de prevenção e elogiou o trabalho do IFCN, não só na criação da faixa corta-fogo como na manutenção e conservação florestais.
A concluir, deixou o apelo aos madeirenses e porto-santenses para que limpem as áreas ao redor das suas casas. «Vamos nos aproximar de ciclos de maior calor e de vento e é importante que se limpe os terrenos à volta das habitações, seja de plantas infestantes seja de depósitos de madeiras ou de outros materiais combustíveis», reforçou.
Nota enviada pelo Governo Regional da Madeira.