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– 21-12-2006 |
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Lobos no Ger�s: Repovoamento da fauna selvagem preservar� alcateiasMelga�o, 21 Dez "Se houver mais cor�os, javalis ou cabras selvagens, o lobo não será obrigado a comer vacas, cavalos, cabras ou ovelhas", disse Anabela Moedas, em declarações � agência Lusa. Os serviços do Instituto da Conserva��o da Natureza registam anualmente mais de mil ataques de lobos a animais, a maioria no Ger�s e no noroeste do país, o que obriga aquele organismo a pagar quase 700 mil euros de indemniza��es. O aumento da fauna selvagem – sublinhou Anabela Moedas – passa pela preserva��o das matas e florestas do Parque ou pela sua replantação, verificando-se que "no Parque Natural de Montezinho o lobo não causa tantos preju�zos como aqui, porque tem muitos veados para se alimentar". Os dois investigadores, que desenvolvem h� sete anos um trabalho de observa��o e registo fotogr�fico de quatro alcateias de lobos que vivem na Peneda-Ger�s, consideram que "a exist�ncia de mais fam�lias de javalis traria um suplemento alimentar ao lobo". A observa��o j� efectuada permitiu-lhes concluir que a popula��o de lobos na serra, repartida por quatro alcateias, "permanece estável", apesar da persegui��o humana por via de envenenamento. Segundo Anabela Moedas, as duas alcateias que estáo a ser acompanhadas com mais frequ�ncia, a localizada no Vez, Arcos de Valdevez, e uma outra em loca l que prefere não revelar para evitar a sua persegui��o, englobam de cinco a seis indiv�duos e respectivas crias, que poder�o ser cinco lobachos. "H� quem lhes ponha iscos com veneno, como a estricnina em bolas de sebo ou nas carca�as dos animais", afirma, salientando que o veneno acaba Também por matar raposas, �guias e outras aves de rapina. Os naturalistas constataram ainda, nos �ltimos anos, casos de morte de lobos a tiro, com la�os de ca�a ou por atropelamento, sendo o primeiro caso aparentemente por "vingan�a" de produtores de gado v�timas da fome da alcateia. As alcateias da zona da Peneda – assinalam – continuam a manter locais mais ou menos fixos, desde que a presença humana não seja intensa, mas a sua perman�ncia num determinado covil está condicionada, por vezes, a acidentes naturais, como os inc�ndios, � semelhan�a do que se verificou no Ver�o com o fogo que consumiu uma mata no Soajo e afectou o habitat dos lobos. As alcateias viajam, por vezes, até próximo do litoral, designadamente até � Serra de Arga, entre Viana do Castelo e Caminha, onde outrora foram presença constante. As suas deambula��es são, no entanto, dificultadas pela inexist�ncia de corredores ecol�gicos nas auto-estradas minhotas, que se tornam barreiras intranspon�veis. Segundo Anabela Moedas, a área de distribui��o do lobo � descont�nua, e xistindo duas popula��es separadas pelo rio Douro, com sete n�cleos populacionais a norte do rio, na Peneda-Ger�s, Alv�o/Falperra, Padrela /Valpa�os, Arga/Pared es de Coura, Cabreira/Barroso, Março/Bai�o e Bragan�a/Montesinho. A Norte, o lobo distribui-se de uma forma cont�nua, excepto na Terra Qu ente Transmontana e na faixa litoral ente Viana do Castelo e Porto, onde j� desapareceu. Esta popula��o � relativamente estável e está conectada com a restante popula��o lupina espanhola através da Galiza e Castela-Le�n. Os n�cleos populacionais que podem ser considerados estáveis localizam- se frequentemente nas zonas montanhosas, onde a densidade populacional humana � baixa, como sucede em Castro Laboreiro. Pelo contrário, os que apresentam grande instabilidade estáo em zonas m ais humanizadas e em áreas marginais de ocorr�ncia de lobo.
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