A Associação Distrital dos Agricultores de Castelo Branco (ADACB) vai enviar às diversas candidaturas das próximas eleições legislativas uma carta aberta com as principais reivindicações da agricultura e do mundo rural, foi hoje anunciado.
Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, esta associação, que tem sede no Fundão, esclareceu que a decisão foi tomada em assembleia-geral, realizada na segunda-feira e durante a qual também foi aprovado por unanimidade o orçamento e plano de atividades para 2022.
De acordo com a informação, os agricultores presentes na sessão deixaram o alerta de que a principal dificuldade que estão a atravessar no momento se prende com “o elevado custo dos fatores de produção, designadamente os fertilizantes, combustíveis, a energia, as taxas e juros bancários, que está a criar enormes problemas ao escoamento dos produtos agrícolas a preços compensatórios”.
Segundo acrescentou a associação, do plano de atividades destaca-se a determinação “em manter a luta em defesa dos direitos e interesses dos pequenos e médios agricultores da agricultura familiar, em defesa da produção nacional”.
“A ADACB decidiu manter e alargar as suas atividades de apoio aos agricultores, no âmbito da prestação de serviços técnico-profissionais, dos serviços de aconselhamento agrícola e da formação profissional destinada a agricultores, técnicos e a outros intervenientes do mundo rural”.
Além disso, foi determinado intensificar a luta em defesa de preços justos à produção e escoamento dos produtos a preços compensatórios, de mais justiça na distribuição das ajudas nacionais e comunitárias e do estatuto da agricultura familiar com apoios concretos no âmbito da comercialização, fiscalidade, segurança social, seguros agrícolas, formação e informação.
A lista de reivindicações integra igualmente a necessidade de apoios aos pequenos produtores na defesa e limpeza da sua floresta, de apoios ao associativismo dos pequenos e médios agricultores.
A ADACB decidiu ainda realizar, no início do ano, sessões de esclarecimento sobre a campanha de subsídios de 2022, considerando que se vão verificar diversas alterações dos apoios comunitários aos agricultores.
Os prejuízos na lavoura provocados por pragas e doenças, nomeadamente javalis e vespa asiática, a fiscalidade agrícola e os circuitos curtos de comercialização são outros dos temas das ações previstas.